Cardiologista considera técnica menos invasiva para soluços de Bolsonaro
Tânia Rego/Agência Brasil/Arquivo
Por Victor Ohana, da Broadcast
redacao@viva.com.brBrasília, 25/12/2025 - O médico cardiologista Brasil Caiado, que acompanhou a cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar uma hérnia inguinal bilateral, afirmou que a equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, deve observar nos próximos dias a necessidade de realizar um procedimento para tratar dos soluços.
A equipe médica não realizou esta intervenção na cirurgia de hérnia ocorrida nesta quinta-feira, 25. De acordo com Brasil Caiado, o procedimento sobre os soluços é mais “invasivo”.
“Em relação ao soluço, nós inicialmente tínhamos proposto um bloqueio do nervo, mas, estando mais próximo do presidente agora e observando que tem uma relação direta talvez com o tubo digestivo, uma esofagite severa que ele tem associada à gastrite e refluxo gastroesofágico, o que nós optamos por questão de precaução? Otimizar o tratamento clínico, melhorar a dieta, potencializar toda a medicação e observar nestes próximos dias a necessidade ou não desse procedimento”, disse o cardiologista.
O médico prosseguiu: “Provavelmente, nós o faremos lá para segunda-feira, que é o tempo bom para ele poder responder a essa medicação”.
Brasil Caiado acrescentou: “É importante ressaltar sobre os soluços que o procedimento é mais invasivo. Então, toda vez que nós podemos ser menos invasivos na questão da proteção do paciente, se nós pudermos resolver de forma clínica, para ele é mais seguro. Essa é a nossa preocupação agora”.
O médico-cirurgião Cláudio Birolini, que conduziu a cirurgia do ex-presidente nesta quinta-feira, 25, junto com Caiado reforçou que o procedimento “transcorreu de acordo com o previsto” e foi concluído sem intercorrências. “O presidente tinha uma hérnia que a gente chama do tipo misto, era uma hérnia direta e indireta. Foi corrigida”, afirmou. “O achado intra-operatório foi muito o que nós esperávamos.”
Bolsonaro já está acordado e foi levado ao quarto. Birolini disse que o presidente está falando normalmente. A ex-primeira-dama está presente como acompanhante no hospital.
De acordo com os médicos, a recuperação deve durar de cinco a sete dias. Nos próximos dias, os cuidados estarão voltados para analgesia, fisioterapia e profilaxia. Ao longo da internação, Birolini disse considerar pedir para que Bolsonaro repita uma endoscopia. Ele pode começar a fisioterapia nesta sexta-feira, 26.
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