Corinthians define data de eleição após impeachment; veja cenário presidencial

Foto: Divulgação/ Meu Timão

Aquele que for eleito cumpre mandato até o fim de 2026 no lugar de Augusto Melo, cujo impeachment foi referendado no sábado - Foto: Divulgação/ Meu Timão
Aquele que for eleito cumpre mandato até o fim de 2026 no lugar de Augusto Melo, cujo impeachment foi referendado no sábado

Por Estadão Conteúdo

redacao@viva.com.br
Publicado em 16/08/2025, às 13h41

São Paulo, 16/08/2025 - O Corinthians definiu neste sábado que as novas eleições para presidente do clube ocorrerão no dia 25 de agosto. O pleito acontece após o impeachment e saída definitiva de Augusto Melo, que ocupava o cargo, e também terá votação para o vice-presidente do Conselho Deliberativo, substituindo Roberson de Medeiros, que renunciou por motivos pessoais.

Para estas eleições, serão convocados os membros do Conselho Deliberativo, podendo votar aqueles vitalícios e trienais - estes que têm mandato até dezembro de 2026. Apenas vitalícios ou conselheiros com ao menos dois mandatos poderão se candidatar à presidência do clube, para ocupar a cadeira deixada por Augusto Melo.

Além do presidente interino Osmar Stábile, já garantido como candidato, o pleito pode ter concorrentes como Roque Citadini, André Castro, Ilmar Schiavenato e um representante do grupo político Movimento Corinthians Grande.

Aquele que for eleito cumpre mandato até o fim de 2026 no lugar de Augusto Melo, cujo impeachment foi referendado no sábado, 9, em assembleia de sócios no Parque São Jorge. A eleição será indireta, com participação apenas de conselheiros.

De qualquer forma, o ex-presidente mantém capital político e quem tiver o apoio do grupo Renovação e Transparência, liderada por ele, ganha força. Conselheiros acreditam em um aliança entre o bloco e Roque Citadini, que já foi candidato de oposição em eleições vencidas por Andrés e seus aliados.

Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Citadini seria o principal nome para bater de frente com Osmar Stábile, ex-vice de Augusto e atual presidente interino. O entendimento de parte dos conselheiros é de que é preciso dar continuidade ao trabalho já iniciado. Nomes influentes, como o vitalício Paulo Garcia, dono da Kalunga e candidato em outras oportunidades, estão entre os apoiadores de Stábile. O apoio de outros vitalícios, caso de Antônio Rachid, é disputado.

Correndo por fora

As movimentações têm alguns cartolas correndo por fora, caso do conselheiro vitalício Ilmar Schiavenato. Já o Movimento Corinthians Grande, integrado por nomes como Rozzalah Santoro e o atual vice Armando Mendonça, estuda lançar candidatura própria O representante ainda está em debate, mas pode ser Sergio Alvarenga ou o próprio Armando.

André Castro, executivo da Alta Vista, escritório de assessoria vinculado à XP investimentos, também tem intenção de concorrer. Em entrevista à Bandeirantes, disse ter um memorando de intenções assinado com um fundo de investimento estrangeiro para investir US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) no Corinthians.

Apesar dos muitos nomes ventilados, há bastante otimismo entre os apoiadores de Stábile de que ele tem poder político o suficiente para continuar no cargo. Ele tem alguns pontos ao seu favor, como a conclusão do novo acordo de patrocínio com a Nike, válido por 10 anos e com valor total que pode chegar a R$ 1,3 bilhão com bônus e ganhos variáveis.

O certo é que aquele que assumir a cadeira antes ocupada por Augusto Melo terá de lidar com uma série de problemas. Entre as prioridades, está derrubar o transfer ban imposto pela Fifa em razão da dívida de R$ 33 milhões pela compra de Félix Torres junto ao Santos Laguna, do México.

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