Casa Branca
Por Cláudio Marques, com equipe Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 18/05.2025 - Três dias depois de se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, Donald Trump se reuniu hoje na Casa Branca, com os líderes da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, e da Europa. Em pauta: as discussões sobre um cessar-fogo na guerra, mais de três anos depois da invasão russa no território ucraniano.
Depois da reunião, a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, postou na rede social X, que se trata de “um momento importante, pois continuamos trabalhando em fortes garantias de segurança para a Ucrânia e uma paz duradoura". "Estamos aqui, como aliados e amigos, pela paz na Ucrânia e na Europa", acrescentou.
Anteriormente, Trump havia dito que seriam discutidas possíveis trocas de territórios entre Rússia e Ucrânia e garantias de segurança ao país de Zelensky. Questionado sobre o que os EUA poderiam oferecer, foi direto: "Tudo". O ucraniano se referiu à ajuda com inteligência militar, envio de tropas e outras medidas. O americano mencionou que não está "dando mais nada para a Ucrânia", mas sim vendendo armas aos europeus e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que repassariam aos ucranianos.
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Depois do encontro, ele disse que “tivemos um passo muito bom e inicial para acabar com a guerra” e que as garantias de segurança para a Ucrânia haviam sido tratadas, mas que seriam fornecidas pelos europeus em coordenação com os EUA. E também disse que iniciou os preparativos para um encontro entre Putin e Zelensky em local a ser definido, com a sua participação.
O republicano enfatizou que ligou para Putin ao fim das reuniões para tratar do assunto. "O vice-presidente, JD Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado Especial, Steve Witkoff, estão coordenando com a Rússia e a Ucrânia", escreveu ele na rede social.
Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, disse que os dois presidentes discutiram, por cerca de 40 minutos, a possibilidade de elevarem o nível das delegações envolvidas nas negociações diretas entre Moscou e Kiev. “Foi discutida a ideia de que seria necessário estudar a possibilidade de elevar o nível dos representantes dos lados ucraniano e russo, ou seja, aqueles representantes que participam das negociações diretas mencionadas", disse Ushakov, de acordo com a Ria. O Kremlin não aludiu diretamente à possibilidade da reunião com Zelensky e Trump.
Além de Trump, Zelensky e Van der Leyen, participaram do encontro o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; o presidente da Finlândia, Alexander Stubb; o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz; e o presidente da França, Emmanuel Mácron.
Todos os aliados expressaram confiança de chegar a um acordo de paz duradoura o quanto antes. Merz agradeceu Trump por ter aberto uma frente de diálogo sobre a guerra na Ucrânia. Macron destacou que todos "apoiam a ideia de trégua"; Starmer apontou a importância de ter garantias de segurança bem definidas, ponto reforçado por Meloni, que destacou a necessidade de se assegurar que isso nunca mais aconteça. "Isso é pré-condição para a paz", disse.
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