Fumaça branca indica que papa foi escolhido: é o cardeal de Chicago

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No conclave, fumaça branca anuncia que "habemus papa" - Mazur/ Catholic Church England and Wales
No conclave, fumaça branca anuncia que "habemus papa"
Por Estadão Conteúdo [email protected]

Publicado em 08/05/2025, às 13h43 - Atualizado às 14h21

São Paulo, 8/5/2025 - A chaminé instalada no topo da Capela Sistina no Vaticano exala fumaça branca, em um sinal de que o novo papa foi escolhido. O nome escolhido foi do cardeal Robert Prevost, de 69 anos.

Este foi o segundo dia do conclave reunido para eleger o sucessor de Francisco, morto no dia 21 de abril.

O próximo líder da Igreja Católica foi anunciado pelo francês Dominique Mamberti à multidão presente na Praça de São Pedro, quando disse "Habemus Papam" (latim para "Temos um papa").

O norte-americano era um dos mais cotados para o comando da Igreja Católica, segundo especialistas. Seu perfil visto como equilibrado, com reputação por construir pontes entre conservadores e progressistas.

Prevost tem projeção global e ocupa um dos cargos mais influentes da Santa Sé: o de prefeito do Dicastério para os Bispos, que aconselha o papa sobre a nomeação de líderes da igreja, ao qual foi nomeado em 2023 pelo papa Francisco.

Essa visibilidade pode colocá-lo em vantagem em uma disputa na qual poucos eleitores se conhecem, devido ao grande número de novos cardeais, nomeados no último papado.

Do Peru ao Vaticano


Nascido em 1955 em Chicago, nos Estados Unidos, em uma família de origens europeias, Prevost também tem nacionalidade peruana por ter vivido por quase duas décadas no país andino, onde iniciou a carreira como missionário agostiniano e chegou a bispo.

Apesar da proximidade do último papa, considerado progressista, ele tem formação em direito canônico pela Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino, o que pode agradar setores da igreja que privilegiam uma abordagem centrada na teologia.

Além de prefeito dos bispos, Francisco também o nomeou presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, voltada ao estudo de questões referentes à vida e ao desenvolvimento da igreja na região.

Segundo reportagem do jornal The New York Times, Prevost foi elogiado por ter apoiado imigrantes venezuelanos e visitado comunidades remotas no Peru.

Por outro lado, expressou no passado visões menos acolhedoras do que as do papa Francisco em relação a pessoas LGBTQIA+ e, como bispo em Chiclayo, no Peru, se opôs a um plano do governo local para incluir ensinamentos sobre gênero nas escolas.

Foi também criticado por sua condução de casos em que padres foram acusados de abuso sexual. O jornal afirma que não teve sucesso em contactar o cardeal sobre as críticas.

Prevost comentou sobre a responsabilidade dos bispos na luta contra os abusos na igreja em uma entrevista ao Vatican News, em 2023. "Não podemos fechar o coração, a porta da Igreja, às pessoas que sofreram por abusos. A responsabilidade do bispo é grande e acho que ainda temos que fazer esforços consideráveis para responder a esta situação que causa tanta dor na Igreja", disse.
Palavras-chave conclave fumaça Papa

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