Governo nega aumento de insegurança no trânsito com possível fim de aulas em autoescolas

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Enquanto especialistas criticam a medida por temerem mais insegurança, secretário nacional de Trânsito a defende - Envato
Enquanto especialistas criticam a medida por temerem mais insegurança, secretário nacional de Trânsito a defende

Por Estadão Conteúdo

redacao@viva.com.br
Publicado em 06/08/2025, às 13h10 - Atualizado às 13h11

São Paulo, 06/08/2025 -- O governo federal estuda acabar com a obrigatoriedade de aulas em Centros de Formação de Condutores (CFCs) para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida é defendida pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, como forma de reduzir custos e ampliar o acesso ao documento. Pelos cálculos da pasta, cerca de 20 milhões de motoristas do País dirigem sem a CNH. Especialistas criticam a iniciativa, alegando riscos para a segurança no trânsito.

Em entrevista à Rádio Eldorado, nesta quarta-feira, 6, o secretário nacional de Trânsito do Ministério dos Transportes, Adrualdo Catão, disse que o assunto ainda está em fase de discussão interna, mas negou que a adoção da medida possa representar um aumento na insegurança.

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Catão ressaltou que a proposta não impede que o aluno escolha ter aulas práticas numa autoescola. "O nosso sistema de formação de condutores é muito restritivo, longo e caro", afirmou o secretário.

Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária, criticou a proposta. "Países com melhores indicadores de segurança viária têm processos rígidos e formais de formação, muito mais próximos de um modelo educacional do que de simples treinamento", afirmou à Rádio Eldorado na terça-feira, 5.

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