INSS suspende contratos com Banco Crefisa

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Crefisa diz que mais de 1 milhão de beneficiários do INSS recebem o benefício pela instituição financeira - Reprodução Crefisa
Crefisa diz que mais de 1 milhão de beneficiários do INSS recebem o benefício pela instituição financeira

Por Eduardo Rodrigues, da Broadcast, e Luana Pavani

redacao@viva.com.br
Publicado em 21/08/2025, às 08h39

Brasília, 21/08/2025 - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu cautelarmente os contratos de prestação de serviços bancários com o Banco Crefisa. De acordo com despacho decisório publicado no Diário Oficial da União (DOU), "os efeitos da decisão se aplicam aos pagamentos decorrentes das novas concessões de benefícios, como medida necessária para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração".

Conforme o site da instituição financeira, mais de 1 milhão de beneficiários do INSS recebem o benefício na Crefisa. 

Leia também: Crédito consignado do INSS recua 1,1% em junho ante maio após medidas restritivas

Em maio passado, a Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP) enviou ofício solicitando esclarecimentos e providências sobre denúncias de abusos cometidos pela Crefisa aop INSS e também à DataPrev (Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social), à CGU (Controladoria-Geral da União), ao Banco Central e à Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

O documento apontava supostas violações contratuais, como empréstimos não solicitados, falta de transparência, atendimento precário e restrições indevidas ao acesso aos valores, afetando, principalmente, idosos e beneficiários vulneráveis.

No documento, a OAB SP observava que a Crefisa havia sido vencedora de 25 dos 26 lotes do Pregão nº 90.005/2024, de modo que criou um "monopólio temporário", contrariando princípios da livre concorrência e da dignidade dos aposentados. O ofício cita, ainda, possíveis irregularidades na Instrução Normativa PRES/INSS nº 172/2024 e pede a revisão do contrato, além de medidas corretivas e fiscalização.

As irregularidades foram notadas em fevereiro, via reclamações de advogados afiliados à OAB SP, as quais passaram de uma centena até o envio do ofício. 

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