Itaipu aposta em energias renováveis e quer dobrar capacidade de geração

Caio Coronel/Itaipu

A empresa pretende concluir ainda em 2025 a instalação de um projeto-piloto para gerar energia solar - Caio Coronel/Itaipu
A empresa pretende concluir ainda em 2025 a instalação de um projeto-piloto para gerar energia solar

Por Equipe Broadcast

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Publicado em 26/07/2025, às 15h30
São Paulo, 26/07/2025 - A hidrelétrica Itaipu Binacional quer mais que duplicar a capacidade instalada da usina, atualmente de 14 mil megawatts (MW). A estrutura que opera comercialmente há 40 anos em Foz do Iguaçu (PR) é fruto de um tratado entre Brasil e Paraguai e responsável por 9% da produção de energia elétrica consumida no País.
A empresa pretende concluir ainda em 2025 a instalação de um projeto-piloto para gerar energia solar a partir de 1,5 mil placas fotovoltaicas no leito do reservatório do Rio Paraná, que abastece as turbinas da hidrelétrica. A construção está 60% pronta e 85% dos equipamentos já foram comprados. De acordo com o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, o projeto deve ser entregue em setembro.
O investimento é de US$ 854,5 mil (cerca de R$ 4,7 milhões). As obras são realizadas pelo consórcio binacional formado pelas empresas Sunlution (brasileira) e Luxacril (paraguaia), vencedor de licitação.
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Com as placas solares em funcionamento, Itaipu espera gerar 1 megawatt-pico (MWp), unidade de medida para a capacidade máxima de geração de energia. Essa energia é equivalente ao consumo de 650 casas e será utilizada para consumo próprio da usina.
O superintendente da Assessoria de Energias Renováveis da Itaipu, Rogério Meneghetti, estima que, se no futuro Itaipu conseguir cobrir 10% do reservatório com placas solares, será possível gerar 14 mil MW, o que significa dobrar a capacidade atual da empresa, que deixaria de ser apenas uma hidrelétrica.
"A ideia é que no futuro isso possa ser um novo negócio para a instituição", diz. "A gente sabe que tem um potencial gigante no nosso reservatório. Mas não são todas as áreas que podem ser utilizadas", explica, acrescentando que haverá estudos de impactos ambientais e na navegação. As informações são da Agência Brasil. 

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