2,1 milhões solicitaram reembolso dos descontos associativos do INSS

Pedro França/Agência Senado

A partir desta sexta-feira, 30, as deduções podem ser contestadas presencialmente em mais de 4,7 mil agências dos Correios espalhadas pelo País. - Pedro França/Agência Senado
A partir desta sexta-feira, 30, as deduções podem ser contestadas presencialmente em mais de 4,7 mil agências dos Correios espalhadas pelo País.

Por Paula Bulka Durães

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Publicado em 27/05/2025, às 09h22 - Atualizado às 10h38

São Paulo, 27/05/2025 - Sobe para 2,2 milhões o número de pessoas cadastradas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que solicitaram o reembolso pelos descontos associativos não autorizados, através dos canais oficiais. A informação foi divulgada no final da tarde de segunda-feira, 26, pelo balanço diário do instituto. 

Em 24 horas, o número cresceu em 79.398 pessoas, totalizando 2.155.363. O aumento foi de 3,82%. O número de associações que não foram reconhecidas se manteve em 41, conforme o primeiro boletim divulgado no dia 14 de maio.

A partir desta sexta-feira, 30, as deduções podem ser contestadas presencialmente em mais de 4,7 mil agências dos Correios espalhadas pelo País. 

Desde o dia 14 de maio os aposentados e pensionistas podem apontar pelo aplicativo ou site "Meu INSS" se reconhecem ou não os descontos feitos na folha. A medida visa combater a fraude, em que associações falsificaram assinaturas e documentos para desviar R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024. Até o momento, 41 associações foram contestadas. 

A operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), investiga um esquema de fraudes em mensalidades cobradas por sindicatos e associações e descontadas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários do INSS sem autorização.

A PF suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e enriquecimento ilícito envolvendo funcionários do governo. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros dirigentes do órgão foram afastados dos cargos. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão e foi substituído pelo então secretário executivo da pasta, Wolney Queiroz, agora titular do ministério desde o dia 2 de maio.

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