PL indica Eduardo Bolsonaro para líder da Minoria na Câmara dos Deputados

Mario Agra / Câmara dos Deputados

Apesar de o deputado Eduardo Bolsonaro estar vivendo nos Estados Unidos desde março, o PL o indicou para o posto - Mario Agra / Câmara dos Deputados
Apesar de o deputado Eduardo Bolsonaro estar vivendo nos Estados Unidos desde março, o PL o indicou para o posto

Por Pepita Ortega e Victor Ohana, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 16/09/2025, às 16h40
Brasília, 16/09/2025 - A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) renunciou à liderança da Minoria na Câmara dos Deputados para transferir a função para o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está vivendo nos Estados Unidos desde março deste ano. “Tomamos essa decisão convictos de que o Brasil precisa de União e de coragem, especialmente diante das perseguições políticas que tanto o Eduardo como seu pai, Jair Messias Bolsonaro, estão sofrendo”, declarou.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que um “ato” da Mesa Diretora da Casa, de 5 de março de 2015, dá base para a decisão. De acordo com Sóstenes, no entanto, a decisão foi “dialogada” com Hugo Motta numa conversa na segunda-feira, 15. O líder  disse que o entendimento, em 2015, ocorreu a pedido da então 3ª secretária, Mara Gabrilli, que na época estava no PSDB, para reverter uma decisão de Eduardo Cunha que bania a opção de líderes partidários e membros da Mesa Diretora trabalharem remotamente.
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“Houve uma alteração naquele momento contra a vontade do então presidente Eduardo Cunha, e a maioria da Mesa decidiu voltar a valer essa prerrogativa de ausência e registro no painel eletrônico. Desde lá, este ato da Mesa tem validade até o presente momento”, disse Sóstenes.
 O líder do PL faz referência à ata da primeira reunião ordinária da Mesa Diretora da Câmara, realizada em 11 de fevereiro de 2015. De acordo com a publicação do Diário Oficial da Câmara, por último, Mara Gabrilli “apresentou, extrapauta, mais uma questão a respeito da justificativa de ausência, a dos Deputados que, em razão da natureza de suas atribuições, não precisavam registrar presença”.
O texto prossegue: “Analisada a questão, a Mesa Diretora, por unanimidade, resolveu rever o entendimento de Mesas anteriores, considerando justificadas as ausências de registro no painel eletrônico, nas Sessões deliberativas da Casa, somente dos Senhores membros da Mesa Diretora e dos Líderes de Partido”.
À imprensa, Sóstenes disse reconhecer o trabalho de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e que ele continuará no País. A oposição quer aplicar o texto para preservar o mandato de Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano. Em falas públicas, o presidente da Câmara havia negado previsão de exercício de mandato parlamentar à distância.

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