Prefeito de SP diz que Enel 'passou dos limites' e defende intervenção
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Por Wilian Miron, da Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 12/12/2025 - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, voltou a defender a retirada da concessão de distribuição de energia da Enel SP, que atende a capital e a Região Metropolitana do Estado, por causa da falta de luz prolongada, após forte ventania na última quarta-feira, 10. Além disso, ele rebateu as afirmações da empresa de que as equipes estão trabalhando para normalizar o atendimento à população.
“Se eles dizem que tem 1,5 mil equipes trabalhando, é óbvio que não tem e que não são confiáveis... se a Enel continuar, teremos problemas nos próximos anos” afirmou.
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Prefeito critica concessionária
Segundo o prefeito, enquanto as demais concessionárias de energia que operam no Estado têm aproximadamente 1% da sua base de clientes ainda sem luz, a Enel teria 10%. “É muito grave já no terceiro dia não ter sido restabelecido ainda a energia em todos os locais”, disse ele durante evento em São Paulo, para a inauguração da nova sede da Escola Paulista de Direito (EPD).
Nunes afirmou que já teria falado com o governador Tarcísio de Freitas e com um grupo de deputados sobre a situação, e criticou a forma como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está conduzindo a questão. Para Nunes, não se pode tratar o problema sob a ótica da imposição de obrigações no momento da renovação do contrato de concessão, e é preciso retirar a empresa para colocar outra concessionária. “Ora, se eles estão há 15 anos e não o fizeram, é óbvio que não vai fazer”, afirmou.
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O Prefeito de São Paulo lembrou, ainda, que em outros anos já ocorreram problemas com falta de energia e dificuldade para retomar o atendimento aos consumidores na área de concessão da Enel SP. “Chegou o ponto de dar um basta, virar essa página e colocar aqui uma empresa que possa atender a população, e assim, não ficaremos todas as vezes em estado de calamidade. É preciso convencer o governo federal que passou do limite e precisa de uma intervenção”, afirmou.
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