Produção industrial sobe 0,1% em abril ante março, abaixo do esperado

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Indústria brasileira tem leve alta de 0,1% em abril ante março, diz IBGE - Adobe Stock
Indústria brasileira tem leve alta de 0,1% em abril ante março, diz IBGE

Por Daniela Amorim, do Broadcast

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Publicado em 03/06/2025, às 10h09

Rio, 03/06/2025 - A produção industrial subiu 0,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,5%. O intervalo de estimativas ia de queda de 0,6% a alta de 1,0%.

Em relação a abril de 2024, a produção caiu 0,3%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam desde uma queda de 1,6% a um avanço de 1,8%, com mediana positiva de 0,4%.

No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma alta de 1,40%. No acumulado em 12 meses, a produção subiu 2,40%.

A alta de 0,1% na produção industrial nacional em abril ante março foi decorrente de avanços em 13 dos 25 ramos pesquisados no período. As influências positivas mais relevantes partiram de indústrias extrativas (1,0%) e bebidas (3,6%). Houve expansão significativa também em veículos (1,0%) e impressão e reprodução de gravações (11,0%).

Na direção oposta, entre as 11 atividades com perdas, os maiores impactos negativos foram de derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%). Outras quedas relevantes ocorreram em celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), máquinas e equipamentos (-1,4%), móveis (-3,7%), produtos diversos (-3,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,9%).

Em abril, a indústria brasileira operava 14,3% aquém do pico alcançado em maio de 2011. Na categoria de bens de capital, a produção está 26,7% abaixo do pico registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 29,0% abaixo do ápice de junho de 2013.

Os bens intermediários estão 11,7% aquém do auge de maio de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 12,8% inferior ao pico de junho de 2013.

Acima do pré-pandemia

Ainda assim, a indústria brasileira chegou a abril operando 3,0% acima do patamar de fevereiro de 2020: 12 das 25 atividades investigadas estão operando em nível superior ao pré-crise sanitária. 

Os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro de 2020 foram os registrados pelas atividades de outros equipamentos de transporte (28,2%), produtos do fumo (21,3%), máquinas e equipamentos (15,0%) e extrativas (11,5%). No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar pré-pandemia são vestuário e acessórios (-20,3%), produtos diversos (-18,4%), móveis (-17,7%) e farmacêuticos (-13,3%).

Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 13,9% acima do nível de fevereiro de 2020. A fabricação de bens intermediários está 5,6% acima do pré-covid. Os bens duráveis estão 7,0% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 4,0% aquém do patamar de fevereiro de 2020.

Palavras-chave IBGE indústria pandemia

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