Em 13 de outubro de 1977, o Corinthians encerrava o maior jejum de títulos de sua história —foram 23 anos sem levantar uma taça. A vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta, no Morumbi lotado, com gol de Basilio, virou um dos capítulos mais emocionantes do futebol brasileiro.
Essa conquista não foi apenas um título do Campeonato Paulista: foi uma libertação. Um marco. Um símbolo da força da Fiel. Relembrar esse elenco é revisitar a alma corinthiana. Cada nome daquela equipe carrega um pedaço da história do clube.
O time base do título de 1977
- Tobias: Goleiro firme, discreto, mas muito seguro. Defendeu o Corinthians entre os anos de 1974 e 1980 e participou da Invasão Corintiana no Maracanã, no Brasileirão de 76. Hoje vive tranquilamente no interior de São Paulo.
- Zé Maria: O "Super Zé", símbolo de raça. Lateral-direito, estava no clube desde os anos 70 e virou ídolo eterno. Atualmente mora em São Paulo e trabalha em um projeto na Fundação Casa.
- Moises: Zagueiro técnico e seguro, era o líder da defesa. Em 2008 faleceu em decorrência de um câncer no pulmão descoberto enquanto trabalhava na Arábia Saudita.
- Ademir: Teve papel fundamental durante o Campeonato Paulista de 77, devido a suspensão do titular Zé Eduardo. Jogou pelo Corinthians de 1972 a 1978. Depois de se aposentar voltou para Santa Bárbara D´Oeste, no interior paulista, onde comenta futebol na rádio local.
- Wladimir: Dono da lateral esquerda, um dos jogadores que mais vezes vestiu a camisa do Corinthians. Atualmente mora na capital paulista e esporadicamente atua no time máster do Corinthians.
- Ruço: Volante de marcação, além do título do Paulistão, foi o autor do gol contra o Fluminense, no Brasileirão de 76, na Invasão Corintiana. Após encerrar sua carreira, retornou para Irajá, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 2012 vítima de um AVC.
- Basílio: O heroi do título. Meio-campista com faro de gol, marcou o tento mais importante da história recente do clube. Atualmente mora na zona norte de São Paulo e participa regularmente de eventos relacionados ao clube alvinegro.
- Luciano: Substituto do Palhinha que não pode atuar durante a final de 1977, Luciano foi contratado naquele mesmo ano e, apesar de pouca, sua atuação chamou atenção. Saiu do time no ano seguinte, trabalhou como treinador e atualmente mora em Recife.
- Vaguinho: Na decisão contra a Ponte Preta, em 77, foi o responsável pelo chute na trave, antes do gol de Basílio. Atualmente joga no time de veteranos do Corinthians.
- Geraldão: Artilheiro no Campeonato Paulista de 77, encerrou sua carreira em 1989 no modesto Garça, do interior de São Paulo. Atualmente trabalha em uma escolinha de futebol na capital paulista.
- Romeu: Canhoto habilidoso, ajudava na criação ofensiva e chegou a ser o grande destaque de várias partidas. Atualmente mora em Barueri e trabalha como vendedor de consórcio, além de jogar pelos veteranos da cidade.
Mais do que levantar uma taça, o título de 1977 devolveu a autoestima a uma torcida apaixonada. Foi o início de uma nova era, de um Corinthians que aprenderia a brigar por tudo —e que, décadas depois, conquistaria o mundo.
O time do Campeonato Paulista de 1977 é eterno. Cada jogador, cada lágrima, cada grito naquela noite mágica no Morumbi está gravado para sempre na alma do Corinthians. Uma história que jamais será esquecida.