Sem provas, Trump diz que paracetamol pode estar ligado a casos de autismo

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Trump disse para que não tomem o medicamento, "a não ser que você tenha uma febre insuportável e tome apenas um" - Fotos Públicas
Trump disse para que não tomem o medicamento, "a não ser que você tenha uma febre insuportável e tome apenas um"

Por Pedro Lima, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 22/09/2025, às 18h38
São Paulo, 22/09/2025 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que o paracetamol, princípio ativo do Tylenol, pode estar associado a um risco maior de autismo e defendeu que o medicamento seja evitado durante a gravidez e na infância. "Não se deve dar Tylenol a uma criança", declarou.
 Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump alertou para que não tomem o medicamento "a não ser que você tenha uma febre insuportável e tome apenas um". "Cuba não tem acesso a Tylenol e eles virtualmente não têm casos de autismo", disse, sem apresentar provas.

Vacinas

 O republicano também voltou a falar sobre vacinas, dizendo não querer mercúrio ou alumínio em vacinas e que as doses contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR) "deveriam ser tomadas separadamente". Ele acrescentou ainda que "não há razão para dar vacinas contra hepatite B a recém-nascidos". Novamente, não apresentou qualquer estudo a respeito.
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 Ao mesmo tempo, a Casa Branca publicou um gráfico que mostra uma disparada nas taxas de autismo em crianças de até 8 anos nos Estados Unidos entre 2000 e 2022. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apresentados pela Casa Branca, a prevalência quase quadruplicou em 22 anos, passando de 1 caso a cada 150 crianças para 1 em cada 31.
O levantamento indica que, em 2000, a taxa era de pouco mais de 6 diagnósticos por mil, enquanto em 2022 superou 32 por mil, evidenciando um aumento de quase 400% no período.

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