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Tarcísio descarta intenção de concorrer a presidente da República

Marcelo Camargo/Agência Brasil

"Eu sou servidor. Tô aqui pra servir", disse Tarcísio ao Podcast Flow - Marcelo Camargo/Agência Brasil
"Eu sou servidor. Tô aqui pra servir", disse Tarcísio ao Podcast Flow

Por Geovani Bucci, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 07/11/2025, às 09h33
São Paulo, 07/11/2025 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou em entrevista ao Flow Podcast nesta quinta-feira, 6, que "nem pensa" em ser candidato à Presidência da República em 2026. O chefe do Executivo paulista também reconheceu os feitos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o capitão reformado retirou "nó da garganta", fazendo a direita perder sentimento de culpa "que não deveria existir".
"Eu nem penso nisso. Minha mãe é empregada doméstica, cara. Meu pai carregou muita caixa de sapato em mercado. Eu nunca pensei em ser o que eu sou, estar onde eu estou", afirmou Tarcísio. "Eu tinha outra ambição, e não tenho esse tipo de coisa de 'preciso ser isso'. Não preciso ser nada. Eu sou servidor. Tô aqui pra servir. Nunca imaginei que um dia seria governador de São Paulo."
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Tarcísio afirmou que seu trabalho representa uma forma de "retribuir a confiança" que recebeu da população de São Paulo. Disse considerar interessante o fato de que a maior parte das entregas relevantes deve ocorrer no próximo mandato, já que, segundo ele, o momento atual é de “plantar para colher depois”.
Declarou ainda que gostaria de ver os resultados florescendo e acontecendo, ressaltando não ter ambição pessoal de ascender politicamente.
Ele afirmou que está tranquilo em relação à missão de permanecer em São Paulo e contribuir com o Estado. Disse não ter ambição pessoal nem perder tempo pensando em outros projetos políticos, ressaltando que está focado em resultados e que pretende manter esse foco até o fim do mandato.
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Tarcísio disse acreditar que o campo da direita caminha para uma convergência e que se engana quem imagina que esse grupo não será capaz de se unir ou de se mostrar competitivo.
No podcast, frisou que insiste tanto na ideia de um projeto nacional porque, em sua avaliação, o Brasil precisa de uma linha clara para romper o ciclo de desgovernos que se repete ao longo dos anos.
"Tem gente que acha que o presidente (Lula) ficou mais popular e se tornou imbatível. Não é. A eleição tá aberta", continuou o governador. "Pode até ser que ele ganhe, mas aí o governo vai ter um encontro inescapável com 2027, com as mazelas que ele mesmo construiu."
Tarcísio usou jargões próprios e avaliou que a “matemática é impiedosa”, que aritmética e ideologia não se misturam. Segundo ele, o Brasil, que historicamente arrecadava entre 16% e 19% do PIB, hoje arrecada 21,5% e ainda assim registra déficit primário e nominal, enquanto a dívida pública cresce rapidamente.
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Na visão do governador, o País caminha para reviver cenários de recessão, fechamento de empresas e perda de empregos, típicos de governos que, segundo ele, agem de forma irresponsável e gastam demais. Advertiu que, se nada for feito e se não houver coragem para mexer nas alavancas certas, os mesmos erros do passado voltarão a se repetir. O chefe do Executivo também elogiou Bolsonaro.
"Bolsonaro conduziu esse movimento e libertou a direita de um sentimento de culpa. Libertou das narrativas de derrota. Por isso, entendo que, aconteça o que acontecer, o legado dele está preservado", disse Tarcísio. "Agora é questão de arrumar a casa e ter pragmatismo."
O ex-ministro de Infraestrutura de Bolsonaro também afirmou enxergar, no campo da direita e centro-direita, perfis bem preparados e capazes de oferecer ao país um projeto uniforme. Disse que, entre essas lideranças, "não há ambição desmedida ou disputa pessoal", mas sim o desejo de contribuir com o Brasil e participar de um projeto de transformação.
O governador destacou ainda que o protagonismo individual é o menos importante e ressaltou o mérito do ex-presidente por ter construído e conduzido o movimento conservador, mostrando às pessoas uma linha com a qual pudessem se identificar, a de "um Estado menor, mais eficiente, voltado ao essencial, defensor da propriedade privada, guiado por valores cristãos e pela valorização da família".

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