Foto: Agência Brasil
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brA radioablação ou ablação percutânea é um procedimento médico minimamente invasivo que vem ganhando destaque como alternativa eficaz no tratamento de determinados tipos de tumores, especialmente quando a cirurgia tradicional apresenta riscos ou não é viável.
O método consiste na destruição de tecidos tumorais por meio de agulhas inseridas diretamente através da pele, com o apoio de tecnologias de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
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Segundo informações da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE), a ablação percutânea pode utilizar diferentes fontes de energia para atingir e destruir as células tumorais.
Os métodos térmicos, são:
Já os métodos não térmicos, como a eletroporação irreversível e a coblation, empregam campos elétricos ou plasma para eliminar os tumores, rompendo as estruturas moleculares das células.
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Durante o procedimento, o paciente é anestesiado e o radiologista intervencionista insere uma ou mais agulhas no local exato do tumor, guiado por imagens em tempo real.
A energia então é aplicada com precisão para destruir o tecido afetado, preservando ao máximo as áreas saudáveis ao redor. Esse tipo de abordagem é especialmente indicado para tumores pequenos ou localizados em áreas de difícil acesso, podendo ser realizado de forma ambulatorial em muitos casos.
Esse tipo de intervenção é recomendado principalmente quando o tumor é pequeno, de localização acessível e não apresenta sinais de malignidade agressiva.
Além de ser menos invasiva do que uma cirurgia tradicional, a radioablação oferece menor tempo de recuperação e menos riscos de complicações.
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Apesar de ser considerado seguro, o procedimento não é isento de riscos. Complicações como:
Especialmente se houver falha na aplicação da energia ou extravasamento de agentes químicos. Por isso, a indicação da ablação percutânea depende de uma avaliação médica criteriosa, que considera fatores como o tamanho, a localização do tumor e as condições clínicas do paciente.
O avanço dessa técnica de radioablação representa um passo importante para o tratamento de tumores com menos impacto ao organismo, recuperação mais rápida e menor tempo de internação, o que pode beneficiar milhares de pacientes em diferentes contextos oncológicos.
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi submetido a um procedimento de radioablação na tarde do último domingo (03). De acordo com nota divulgada pelo governo estadual, a intervenção ocorreu sem intercorrências e o chefe do Executivo paulista se recupera bem. A agenda do governador nesta segunda-feira será interna, no gabinete do Palácio dos Bandeirantes.
O procedimento realizado por Tarcísio de Freitas não teve complicações, segundo a nota oficial, e sua ausência em uma manifestação realizada neste domingo na Avenida Paulista foi justificada por conta do tratamento.
A expectativa é de que o governador retome gradualmente suas atividades públicas nos próximos dias, seguindo orientação médica.
Em nota ao Portal Viva, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado de SP afirmou que o governador passa bem após o procedimento. Confira:
"O procedimento de radioablação por ultrassonografia ao qual o governador Tarcísio de Freitas foi submetido, na tarde deste domingo (03), ocorreu sem intercorrências.
A alta está prevista para a noite de hoje. Nesta segunda-feira (04), o governador cumprirá agenda interna em seu gabinete, no Palácio dos Bandeirantes.
Assessoria de Imprensa
Secretaria de Comunicação
Governo do Estado de SP."
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