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Por Por Eduardo Laguna, da Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 04/11/2025 - As vendas de veículos tiveram queda de 1,6% no mês passado, frente a outubro de 2024, somando 260,8 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com setembro, houve aumento de 7,2% na comercialização de veículos zero quilômetro.
O balanço foi divulgado hoje pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias de automóveis, e mostra que no acumulado desde o início do ano o mercado mostra alta de 2,3%, com 2,17 milhões de veículos licenciados de janeiro a setembro.
No mês passado, a associação revisou para baixo as previsões para as vendas de veículos zero quilômetro neste ano, apontando efeito da desaceleração do crédito. O prognóstico ao crescimento das vendas de veículos, que começou o ano em 5% e foi revisto para 4,4% em julho, passou para 2,6%.
Se, de um lado, o setor sente o impacto dos juros altos, que levam a uma desaceleração das vendas financiadas, de outro, as encomendas de locadoras e o programa federal Carro Sustentável, que permite a compra de carros compactos com IPI reduzido, ajudam a sustentar os volumes.
As vendas de carros apoiados pelo programa já mostram crescimento de 26,1%, considerando o período de 11 de julho a 31 de outubro. Segundo o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, apesar do entrave dos juros, o programa Carro Sustentável tem ajudado a aumentar o movimento nas revendas.
“Desde o início do programa, tivemos um crescimento acumulado de 26,1% nos veículos participantes, comprovando o sucesso da iniciativa”, diz Arcelio Junior.
As vendas de motos seguem em franca expansão, registrando em outubro crescimento de 25,8% frente ao mesmo período do ano passado. Na comparação com setembro, a alta foi mais tímida, de 1,9%, segundo balanço.
Desde o início do ano, as vendas de motocicletas sobem 15,6%, acumulando 1,82 milhão de unidades. O número supera em mais de 200 mil unidades as vendas de carros de passeio em igual período: 1,6 milhão de unidades.
Conforme o presidente da Fenabrave, o segmento segue em patamar historicamente elevado, impulsionado pelos serviços de entrega (delivery), assim como pelo preço competitivo das motos em relação ao transporte coletivo. “Atualmente, as motos têm sido o segundo veículo em muitas famílias”, afirma o presidente da Fenabrave.
Aproximadamente 80% das motos emplacadas são de 160 cilindradas, o que indica o uso para entregas ou transporte individual tanto em cidades como em áreas rurais.
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