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São Paulo, 01/10/2025 - Em um Webinar destinado aos trabalhadores do mercado de bebidas, as entidades: Associação brasileira de bebidas (Abrabe), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) ensinaram uma série de técnicas para identificar bebidas adulteradas.
A medida foi tomada após 22 casos suspeitos de intoxicação por metanol, provocados por bebidas adulteradas, serem identificados em São Paulo. Destes, 7 foram confirmados, e 5 óbitos permanecem em investigação, com um já confirmado por consumo de bebidas destiladas.
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O curso foi ministrado pelo Coordenador do Comitê de Proteção de Marca da Abrabe, Daniel Monferrari. O especialista reiterou que as bebidas adulteradas são o lado mais perigoso do mercado ilegal ao colocarem em risco a saúde do consumidor. Além disso, lembrou que não só o falsificador pode responder criminalmente, mas quem distribuir a bebida também.
Durante o evento, a principal dica foi analisar toda a garrafa, da tampa ao líquido, fazendo uma espécie de "anatomia da bebida", confira as dicas:
Ao analisar a tampa da garrafa, a principal dica é averiguar se existe um espaço entre o tampa e gargalo, antes da abertura inicial. Em bebidas novas, não deve existir este espaço. Além disso, os detalhes merecem atenção:
Ao averiguar uma garrafa, suspeite de riscos, manchas e outros danos (com exceção de garrafas retornáveis).
Todas bebidas destiladas, com exceção de cervejas e vinhos, devem vir com o selo IPI. O selo fica posicionado acima da tampa, de modo que seja rompido após a garrada ser aberta. Uma bebida supostamente nova, mas com um selo rompido ou ausente, pode ter sido adulterada.
Muitos criminosos costumam falsificar o selo. Para tal, siga as dicas para identificar um selo autêntico:
A maioria das empresas legítimas possuem rótulo de qualidade e alto-relevo. Além disso, no contra rótulo, localizado no verso ou em etiqueta, devem estar as características:
O especialista alerta que, ao se destilar um líquido, a bebida perde todas as impurezas. Portanto, qualquer sujeira no líquido é um sinal de alerta.
Além disso, a quantidade de bebida nas garrafas da mesma marca é sempre igual. Duas garrafas com volumes diferentes podem significar adulteração.
Monferrari aponta que, mesmo em bebidas com cor, como Uísques envelhecidos, a variação de cor entre duas garrafas é imperceptível ao olho humano. Dois líquidos da mesma linha e marca com cores diferentes pode ser um sinal de adulteração.
As associações alertam que a variação de preço das bebidas costuma ser pequena. Suspeite de qualquer preço muito baixo, pois podem ser fruto desde sonegação até adulteração.
Além disso, para os comerciantes, adquira sempre as bebidas de distribuidores homologados.
Por fim, Monferrari destaca que todos os casos registrados de adulteração foram de líquidos novos em garrafas oficiais descartadas. Para evitar o uso pelo crime, ao descartar, siga estes passos:
Se perceber qualquer irregularidade, entre em contato com as entidades de bebidas responsáveis:
Ou entre em contato diretamente com o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), pelo link: https://www.procon.sp.gov.br/, ou discando (151).
Para denunciar diretamente a polícia, disque (181).
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