Atenção primária reduz sinistralidade em planos de saúde, diz estudo

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Ações de atenção primária podem reduzir a sinistralidade dos planos de saúde

Por Wilian Miron, do Broadcast

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Publicado em 04/07/2025, às 08h00

São Paulo, 04/07/2025 - O Grupo Sabin e a Amparo Saúde conduziram um experimento sobre o uso de ações de atenção primária para reduzir a sinistralidade dos planos de saúde, um dos principais problemas do setor, e obteve como resultado uma diminuição de 26% no indicador.

No período, a relação entre esse custo e o que a operadora recebe da empresa que contratou, conhecida no setor como sinistralidade, passou de R$ 465,28 para R$ 344,62, no indicador após adoção de ações individuais e coletivas.

O estudo teve participação da Amil e da corretora Mercer Marsh Benefícios. A avaliação envolveu a análise de indicadores de 2.053 empregados da sede da empresa, que realizaram três ou mais consultas com equipe multiprofissional durante 2024, em comparação com os colaboradores da instituição que não solicitaram consultas. À época, eram assistidas ao todo 3.481 pessoas, segundo o coordenador técnico da Amparo Saúde, Leonardo Abreu.

Atenção primária é o primeiro nível de ação em saúde. O atendimento em programas desse tipo, diz o executivo, retoma o espaço dos médicos como profissionais que cuidam da família e conhecem as particularidade dos pacientes, reduzindo a necessidade de internações e outras intervenções mais caras.

Tem uma alta resolutividade, porque consegue solucionar entre 80% a 90% dos problemas”.


Segundo ele, o grupo atendido com atenção primária da Amparo Saúde realizou 1,6 consulta com especialistas, enquanto os beneficiários não a utilizaram tiveram uma média de 2,3 consultas. Na procura pelo pronto socorro, o primeiro grupo registrou 1,2 visita enquanto o segundo, 1,8. Em internações, a comparação ficou em 10,7 entre os que recorreram à atenção primária, contra 15,6 dos que não utilizaram. “Isso traz um impacto financeiro enorme [para os planos de saúde]”, disse Abreu.


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