Canetas brasileiras para tratamento de obesidade e diabetes chegam às farmácias segunda

Divulgação/EMS

Com lançamento, farmacêutica projeta gerar cerca de US$ 2 bilhões em receita no exterior e outros US$ 2 bilhões no Brasil (cerca de R$ 22,4 bilhões de reais no total) - Divulgação/EMS
Com lançamento, farmacêutica projeta gerar cerca de US$ 2 bilhões em receita no exterior e outros US$ 2 bilhões no Brasil (cerca de R$ 22,4 bilhões de reais no total)
Por Bianca Bibiano bianca.bibiano@viva.com.br

Publicado em 01/08/2025, às 15h29

São Paulo, 01/08/2025 - A partir de segunda-feira, 6, parte das farmácias brasileiras vão passar a comercializar as primeiras canetas de liraglutida produzidas integralmente no Brasil. O produto é feito pelo laboratório farmacêutico EMS e é comercializado em duas versões: uma para o tratamento da obesidade e outra da diabetes

A empresa afirma que investiu mais de R$ 1 bilhão para viabilizar a produção das canetas na primeira e única fábrica de peptídeos no País, em Hortolândia (SP). O material é feito com uma técnica avançada em que aminoácidos, pequenos blocos estruturais das proteínas, são ligados um a um, de forma controlada e na ordem exata, até formar a molécula final da liraglutida. 

Carlos Sanchez, presidente da EMS, diz que o lançamento inaugura uma nova etapa para a companhia. “Estamos consolidando a capacidade do País de desenvolver e fabricar medicamentos de alta complexidade, com tecnologia própria e competitividade global. Este movimento fortalece nossa liderança e amplia o acesso a terapias modernas. Em até oito anos, projetamos gerar cerca de US$ 2 bilhões em receita no exterior e outros US$ 2 bilhões no Brasil [cerca de R$ 22,4 bilhões de reais no total], consolidando a EMS em mercados estratégicos.”

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As farmácias Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco serão as primeiras a oferecer os dois produtos, com preços sugeridos a partir de R$ 307,26 a  R$ 760,61, a depender da dosagem e do tipo de doença a ser tratada (obesidade ou diabetes).

As principais concorrentes feitas a partir de liraglutida,  Saxenda e Victoza, da Novo Nordisk, são comercializadas com valores a partir de R$ 500 reais. Já canetas feitas com outros tipos de peptídeos, como Mounjaro e Ozempic podem custar R$ 1.800 reais.

A EMS diz que toda a produção segue os padrões internacionais definidos pela Food and Drug Administration (FDA). No Brasil, a liberação das canetas foi feita em 2024 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o final deste ano, 250 mil unidades deverão estar disponíveis no varejo, chegando a 500 mil canetas até o mês de agosto de 2026.

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