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São Paulo, 19/11/2025 - Já teve alguma conta clonada ou caiu em algum golpe na internet feito por hacker? Saiba que um dos motivos de virar alvo fácil de cibercriminosos é usar senha fácil de descobrir. Um estudo da empresa inglesa Comparitech analisou mais de 2 bilhões de senhas reais, buscando em bases de dados de logins vazados.
O levantamento apontou que as senhas mais usadas costumam apresentar padrões simples, que os sites costumam chamar de "senhas fracas" .
A "fraqueza" mais encontrada, representando um quarto das 1000 senhas mais comuns, é a utilização somente de números. Além disso, 38,6% contêm sequências de "123", e muitas usam sequências do mesmo número, como a 18ª colocada, "111111".
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Confirma o ranking das 100 senhas mais usadas:
O resultado da pesquisa levantou um alerta sobre a qualidade das senhas usadas. Ao se criar uma senha, mais do que pensar no quão difícil seria para um humano descobri-la, é necessário pensar o quão difícil seria para um computador. A avaliação dos sites, como "fracas" e "fortes" mede justamente este parâmetro.
Ao invés de palavras, utilizar frases completas, especialmente com termos incomuns no português e seguindo as dicas de complexidade, é o reforço ideal.
Os programas usados por hackers para descobrir senhas usam dados vindos de dicionários, datas e muitas outras fontes junto a lógicas próprias, para adivinhar termos comuns. Essas ferramentas testam milhares de senhas por segundo e aprendem a cada erro. Para ter uma senha ideal, é necessário unir complexidade e comprimento.
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O meio da complexidade se refere a utilizar caracteres pouco intuitivos para a máquina, mas facilmente lembrados pelo ser humano. Variar entre maiúsculas e minúsculas, ou trocar algumas letras por símbolos, faz o programa criminoso lidar com uma quantidade muito maior de possibilidades. Mudar uma palavra de "casamento" para "cAs@m&NtO" não impede e leitura, mas dificulta para os robôs.
Já o comprimento é ainda mais importante. Se cada caractere de uma senha abre um leque de milhares de opções para serem testadas pelos criminosos, cada letra ou número adicionado protege mais o usuário. Segundo a pesquisa, 65,8% das senhas possuem menos de 12 caracteres, o número recomendado para segurança máxima.
*Estagiário sob supervisão de Luana Pavani
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