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São Paulo, 26/06/2025 - A Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais), divulgou em seu primeiro Censo de Diversidade que 10,9% dos profissionais de TIC fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+. Destes, 57,5% afirmaram que seu ambiente de trabalho é totalmente inclusivo, enquanto 30,6% afirmaram que ainda há pontos a melhorar.
Na distribuição de cargos, 68,8% são analistas, 12,5% estão em posições de gerência e 10,1% atuam como coordenadores.
O Censo de Diversidade do setor de TIC foi desenvolvido pelo Grupo Temático de Pessoas e Diversidade da Brasscom, que contou com a participação de mais de 20 mil respondentes, com o objetivo de mapear e ampliar a diversidade nas empresas por meio de boas práticas compartilhadas pelas associadas da entidade.
“Os dados que levantamos no Censo de Diversidade da Brasscom mostram que estamos avançando na construção de um setor mais diverso e inclusivo, mas sabemos que o trabalho não termina aqui. É fundamental que as empresas sigam firmes na consolidação de ambientes de trabalho onde todas as pessoas possam ser, pertencer e prosperar.”, destaca Roberta Piozzi, diretora de Parcerias e Projetos em Educação na Brasscom.
Luan Pereira* é um homem trans e trabalha há cinco anos como desenvolvedor. Em sua experiência, as empresas sempre foram respeitosas, e atribui isso à seriedade das delas, que se preocupam mais com as habilidades de um funcionário, não importando sua identidade.
“No meu primeiro emprego, eu já tinha começado minha transição, mas não me importava de as pessoas saberem que eu era trans. Eu não acho que tinha nenhum outro colega trans, mas tinha vários colegas assumidamente gays. Isso há 10 anos era algo muito difícil de se ver. Não é perfeito, ainda existe preconceito, mas acho que estamos indo no caminho certo”, conta ele.
Luan defende que qualquer um pode ser um bom profissional, e deixa uma mensagem para quem tem interesse no setor.
“Acho que ainda existe certo preconceito com a área, de que não é um ambiente amigável com minorias, mas isso não é verdade. Não tenham medo, entrem, achem seu espaço, e estudem muito.”
*Pseudônimo para proteger a identidade da fonte
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