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Publicado em 01/08/2025, às 12h47 - Atualizado às 14h00
São Paulo, 01/08/2025 - Embora o tema do bullying não seja uma novidade, um relatório da empresa de cibersegurança Norton, lançado em julho, mostra um dado preocupante: 14% dos pais brasileiros relataram que seus filhos já foram vítimas de cyberbullying, a versão digital desse tipo de agressão. Desses casos de violência, 40% foram cometidos por um colega de classe ou da escola.
Segundo o relatório "2025 Norton Cyber Safety Insights Report: Connected Kids", que inclui dados globais, as famílias relataram que a perseguição acontece princialmente por meio de plataformas e redes sociais, com destaque para Instagram (43%), jogos online (41%), Facebook (39%), Tiktok (26%), salas de bate-papo online (21%) e Discord (19%). Além das redes sociais, 21% das agressões também acontecem por mensagens de texto do tipo SMS.
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O tempo de tela é o fator mais desafiador para o controle desses casos: enquanto 88% das famílias tentam controlar o tempo de exposição aos dispositivos com tela, 36% relatam que seus filhos admitiram que encontraram uma maneira de contornar os limites. Com isso, acabam expostos a comportamentos de risco no ambiente online, como usar o celular na hora de dormir (39%), acessar site bloqueados (17%) e até mesmo praticar cyberbullying (6%).
Outro dado do relatório lança uma preocupação para o uso de inteligência artificial: 39% das famílias dizem que seus filhos recorreram à IA em busca de companhia, muitas vezes deixando de lado a interação social com outras crianças e adolescentes.
Bullying é a intimidação sistemática causada por um ou mais agressores contra outra pessoa. Embora não esteja restrita ao ambiente escolar, ela é apontada como um dos principais fatores de risco entre estudantes, que ainda estão em período de amadurecimento emocional.
É diferente do que antigamente era visto apenas uma brincadeira de mau gosto, pois acontece de maneira repetitiva, causando um grande sofrimento emocional nos jovens e pode levar a problemas mais graves, como isolamento, depressão, automutilação e até mesmo suicídio.
Já o cyberbulling é a versão virtual desse tipo de agressão e não se limita ao ambiente escolar, escalando a violência ao ambiente virtual e envolvendo pessoas que não necessariamente têm convivência presencial com o agredido.
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