Maioria de executivos se vê igualmente produtivo no trabalho presencial ou remoto

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Pesquisa também mostra que 61% dos profissionais brasileiros recusariam uma promoção a fim de preservar o bem-estar - Pexels
Pesquisa também mostra que 61% dos profissionais brasileiros recusariam uma promoção a fim de preservar o bem-estar
Por Cláudio Marques claudio.marques@viva.com.br

Publicado em 28/08/2025, às 08h00

São Paulo, 27/08/2025 - A maioria dos executivos brasileiros não sente alteração em sua produtividade ao trabalhar remotamente ou no escritório. É o que mostra o estudo Talent Trends Leadership 2025, da Page Executive, unidade de negócios do PageGroup especializada no recrutamento de executivos da alta liderança, que apurou que 51% dos profissionais brasileiros afirmaram ser igualmente produtivos em ambas as situações. O porcentual supera as médias global (43%) e da América Latina (46%).
De acordo com a Page, a pesquisa ocorre em meio a um cenário de retorno ao trabalho presencial. O estudo mostra que a política das empresas em relação ao trabalho presencial, se tornou mais rigorosa, de acordo com 23% dos respondentes do Brasil. O dado ficou abaixo das médias global e da América Latina, ambas com 35%. 
Outros estudos procuram mensurar a adoção dos modelos de trabalho. É o caso da  Pesquisa de Tendências 2025, conduzida pela Catho, plataforma de empregos. O levantamento apontou que 69% das empresas brasileiras pretendem manter o regime de trabalho 100% presencial neste ano. Um aumento em relação aos 61,7% registrados em 2024,
Leia também: Mesmo vista como fator de retenção de talentos, a adoção do trabalho híbrido cai
De acordo com a Page, uma das razões para a alta liderança brasileira estar atuando mais presencialmente é o maior número de reuniões nesse modelo, fator apontado por 38% dos respondentes. No mundo, essa é a explicação dada por 42% e, na América Latina, por 45%.
“Em meio a um cenário global de incertezas, as empresas têm adotado posturas mais rígidas com relação à presença dos colaboradores no escritório. Mesmo assim, é importante que as organizações considerem como isso será recebido pelos líderes para impulsionar o desempenho e reter talentos de alto nível”, avalia Paulo Dias, diretor-executivo da Page Executive.

Bem-estar

Assim, se por um lado as organizações vêm adotando políticas mais rígidas em relação à frequência no escritório, por outro, os executivos buscam encontrar o equilíbrio, conciliando flexibilidade e produtividade, segundo a empresa. Tanto que, 61% dos profissionais brasileiros recusariam uma promoção a fim de preservar o bem-estar. Os indicadores do Brasil superam as médias global (54%) e da América Latina (48%).
“Como os colaboradores dos demais níveis hierárquicos das empresas, a alta liderança também busca equilibrar prioridades, sem comprometer as entregas e o bem-estar”, diz Humberto Wahrhaftig, diretor-executivo na Page Executive. Os líderes apontaram que estar mais presente pode ajudar a impulsionar sua trajetória profissional. Para 19% dos executivos brasileiros, o modelo presencial colabora para o desenvolvimento de carreira. O porcentual é inferior à América Latina (20%) e ao global (22%).
Talent Trends Leadership 2025 é um dos levantamentos mais abrangentes sobre o mercado de trabalho global da alta liderança, conduzido entre novembro e dezembro de 2024, em 36 países. A pesquisa ouviu aproximadamente 4 mil profissionais que atuam em empresas de diversos portes e segmentos. O objetivo do estudo é entender as mudanças nas expectativas de talentos executivos.

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