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Ex-ministro Onyx Lorenzoni admite ter recebido doação de investigado pela CPI

Geraldo Magela/Agência Senado

O ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni depôs hoje na CPMI do INSS e admitiu ter recebido R$ 60 mil de doação de ex-presidente da ABCB - Geraldo Magela/Agência Senado
O ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni depôs hoje na CPMI do INSS e admitiu ter recebido R$ 60 mil de doação de ex-presidente da ABCB
Por Paula Bulka Durães

06/11/2025 | 17h51

São Paulo, 06/11/2025 – O ex-ministro da Previdência, Onyx Lorenzoni, admitiu ter recebido, em 2022, R$ 60 mil em doações do empresário Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Associação de Aposentados Amar Clube de Benefícios (ABCB), investigada por fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Gomes teve o pedido de prisão preventiva aprovado hoje pelos parlamentares, assim como o economista Rubens Oliveira Costa, o presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT), Vinícius Ramos da Cruz, e o secretário da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Silas da Costa Vaz.

Leia também: Presidente de entidade de pescadores é preso na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS

Lorenzoni, que chefiou a pasta entre 2021 e 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, depôs na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) nesta quinta-feira. As informações são do Senado Federal.

Conforme os últimos dados do Painel de Transparência, extraídos em 7 de outubro, a ABCB é a terceira entidade com maior valor restituído aos aposentados vítimas da fraude: R$ 115,8 mil. O ex-ministro afirmou ter recebido a doação e que as contas da campanha para governador do Rio Grande do Sul foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

"Candidato a governador e a presidente da República não se envolve no processo de arrecadação de campanha. O meu contador tinha uma orientação: em qualquer contribuição referente à minha campanha, verificar em fontes abertas se há qualquer coisa em desabono ao doador. Se houver, devolvemos. Nunca vi esse cidadão [Felipe Macedo Gomes], não sei quem é", defendeu.

O ex-deputado federal também admitiu ter indicado o ex-diretor do INSS José Carlos Oliveira para o cargo de titular do Ministério do Trabalho e Previdência Social, em 2022. Oliveira assinou acordos de cooperação técnica com entidades investigadas pela Polícia Federal (PF). "Eu tinha mais de um nome. E dentre esse nomes, ele [Jair Bolsonaro] achou que o melhor nome era José Carlos Oliveira por todo o histórico: funcionário de carreira, que tinha feito um bom trabalho no INSS."

Lorenzoni negou conhecer os empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, alvos da PF.

Leia também: Vítimas do INSS recebem R$ 2,44 bi; prazo para contestação vai até o dia 14

As fraudes do INSS foram divulgadas pela Operação Sem Desconto, que revelou desvios de R$ 6,3 bilhões realizados entre 2019 e 2024 nos benefícios do INSS, conforme estimam a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU). Até o momento, a União devolveu R$ 2,44 bilhões para 3,6 milhões de brasileiros.

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