Foto: Envato Elements
O Departamento dos EUA deixa claro que podem exigir entrevistas presenciais por qualquer motivo, independentemente se você entra no caso de isenção ou não.
Antes de mais nada, determine o tipo de visto que você precisa. O mais comum é o B-1/B-2, para turistas, mas existem outros que podem ser conferidos no próprio site da embaixada. A maioria dos vistos de não-imigrantes exigem o preenchimento do formulário DS-160, que tem perguntas e respostas em inglês. É importante responder cada detalhe com calma, pois qualquer erro (até mesmo de digitação) poderá resultar em reagendamento de entrevista.
Depois é preciso pagar a taxa e agendar tanto a coleta de digitais e fotos no Centro de Solicitação de Visto quanto a entrevista no consulado. As respostas dadas durante o agendamento determinarão se o solicitante é elegível para a isenção de entrevista ou não.
A entrevista é feita em português e tem, normalmente, cinco minutos de duração. Nela, o cônsul irá fazer perguntas a fim de checar as informações contidas no formulário DS-160 e entender melhor as motivações e perfil do viajante. Nesse momento é bom fazer um alerta: se no documento oficial, você declarou que fala inglês fluentemente, pode ser que o cônsul queira conferir. Certifique-se de ser fiel com a verdade.
A maioria dos vídeos e textos que ajudam imigrantes a solicitar vistos aconselham que as respostas sejam objetivas e que o solicitante leve as páginas de confirmação de envio do formulário DS-160, do agendamento da entrevista, passaporte válido e outros documentos que podem ser requisitados, como comprovante de renda, certidão de casamento e comprovante de trabalho.
Além dos US$ 185 (o equivalente a cerca de R$ 1.006) de taxa para emissão de visto, agora, há uma taxa extra no valor de US$ 250 (cerca de R$ 1.360) chamada de Visa Integrity Fee. Ela será cobrada quando o visto for emitido, se somando às taxas já existentes.
O visto para não imigrante, citado na lei, engloba, por exemplo: turistas, estudantes, jornalistas, au pairs, diplomatas e seus familiares, e pessoas que fazem tratamento médico nos EUA e seus familiares.
A nova regra está entre as medidas aprovadas dentro do megaprojeto fiscal de Donald Trump apelidado de One Big Beautiful Bill (algo como "Um grande e belo projeto").
Assim, o custo total de um visto padrão de não imigrante sai por US$ 435, cerca de R$ 2.367. Caso o visto seja negado, o solicitante não será cobrado pela taxa extra.
Sim, mas isso só diz respeito às solicitações de vistos para as categorias F (estudantes), M (técnico/vocacional) e J (intercâmbio, incluindo o de pesquisadores e professores). Para isso é preciso que antes mesmo de solicitar o visto a pessoa deixe seu perfil público para que seja possível a análise por parte do consulado.
De acordo com o comunicado do órgão, a medida permite que sejam feitas todas as verificações necessárias para avaliar se o solicitante atende aos requisitos para entrada no país. "Obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito", afirmam eles.
Durante o preenchimento do formulário DS-160, há um espaço que questiona a presença online do estrangeiro. Nela, o solicitante deve listar os nomes de usuários ou perfis de todas as plataformas que utilizou nos últimos cinco anos.
Até o momento, não há indicação oficial de que o mesmo tipo de verificação será adotado para outras categorias, como turismo (B2). De qualquer modo, especialistas aconselham que aqueles que querem tirar o visto repensem suas publicações.
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