Brasil Jazz Sinfônica e Liniker se unem para concerto inédito na Sala São Paulo

São Paulo, 08/12/2025 - Se você acha que orquestra só toca música clássica, não pode perder o concerto especial com a Orquestra Brasil Jazz Sinfônica e a cantora Liniker, que acontece nos dias 9 e 10 deste mês na Sala São Paulo, na capital paulista. O concerto terá um repertório exclusivo desenvolvido especialmente para este encontro.

Sob a regência do maestro Gustavo Petri, as apresentações celebram uma parceria de longa data entre Liniker e a Brasil Jazz Sinfônica, marcada por afinidade artística e projetos conjuntos. No programa, o público poderá ouvir faixas gravadas em parceria, como Veludo Marrom, que ganhou o Grammy Latino 2025 como Melhor Canção em Língua Portuguesa, além de outras que também concorreram ao prêmio, consolidando o sucesso e o reconhecimento internacional dessa colaboração.

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De acordo com o maestro é um espetáculo que une voz, emoção e a força da música orquestral brasileira, prometendo encantar o público e encerrar o ano em grande estilo.

"Quando Liniker encontra a Brasil Jazz Sinfônica na Sala São Paulo, nasce um encontro que a música merecia, e isso reforça o que fazemos há 36 anos: a união entre o sinfônico e o popular. A Liniker é uma das vozes mais importantes da música brasileira contemporânea e teremos dois concertos com arranjos mais do que especiais celebrando este momento", avalia

Petri reforça ainda que, para a Brasil Jazz Sinfônica, participar de um projeto com a Liniker reafirma o DNA desses 36 anos: provar que não existe hierarquia entre a música de concerto e a popular, existe apenas a excelência.

“A importância reside em derrubar muros. Muros artísticos, ao unir a tradição sinfônica ao soul e à MPB contemporânea, e muros sociais, ao colocar no centro do palco da Sala São Paulo a potência de uma mulher trans e preta. A orquestra precisa ser um espelho do seu tempo e da diversidade do seu povo para se manter viva e relevante.”

O maestro pondera ainda que o maior desafio ao adaptar a orquestra para um ritmo musical é a sensibilidade para não “engessar” o balanço da música popular. Ele avalia ainda que uma orquestra de 70 músicos tem uma massa sonora imensa; e o segredo é saber dosar essa potência para não soterrar a intimidade da canção.

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Petri ressalta também que a adaptação exige arranjadores de elite, que entendam que orquestrar não é apenas criar uma “cama” de cordas, mas traduzir o groove e a liberdade rítmica para a partitura, fazendo com que o músico de concerto toque com o mesmo “suingue” da banda original.

Liniker, que ganhou o Grammy Latino em três categorias, comemora a parceria com a orquestra.

“Trabalhar em mais um projeto com a Brasil Jazz Sinfônica me deixa extremamente feliz. Compor mais um trabalho ao lado da Jazz é um privilégio, e sempre um acontecimento. Sinto que fazemos magia. Certamente será uma noite memorável”.

Música democrática

Para as pessoas que querem fazer parte de uma orquestra, o maestro Petri ressalta que a música é uma carreira democrática, mas exige disciplina ferrenha.

“Minha dica principal é: ocupem os espaços de formação pública. Hoje temos projetos de excelência como o Guri, a EMESP e escolas municipais, que são portas de entrada reais. A orquestra é um local onde a sua origem social importa menos que a sua dedicação técnica e ouvido. Estudem teoria, mas ouçam de tudo - da música de concerto ao popular. Encarem a música não apenas como um sonho distante, mas como um ofício e uma profissão possível que exigem estudo diário e persistência. O palco é lugar de todos”, conclui.

Serviço:

Brasil Jazz Sinfônica | Liniker

Data: 9 e 10 de dezembro de 2025 (terça e quarta-feira)

Local: Sala São Paulo - Praça Júlio Prestes, 16 - Campos Elíseos, São Paulo - SP

Horário: 21h. Os ingressos estão à venda na plataforma INTI