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Por Por Daniela Amorim, da Broadcast
redacao@viva.com.brRio, 09/10/2025 - Os preços dos alimentos recuaram em setembro pelo quarto mês consecutivo, após uma sequência de nove meses de aumentos. De junho a setembro, a queda acumulada em Alimentação e bebidas foi de 1,17%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"É questão de oferta de alimentos. Estamos com oferta maior de alimentos in natura, então na alimentação no domicílio isso está trazendo pressão para baixo no preço dos alimentos", disse Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, ponderando que houve desaceleração no ritmo de queda de preços no último mês.
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"Tem oferta maior, porém já começando uma dinâmica de não mais (tão abundante) como anteriormente. A maior demanda por um ou outro item pode estar provocando isso, mas, de qualquer forma, continua negativo (a variação de preços)."
O grupo Alimentação e bebidas saiu de um recuo de 0,46% em agosto para uma queda de 0,26% em setembro, uma contribuição de -0,06 ponto porcentual para a taxa de 0,48% registrada pelo IPCA do último mês.
O custo da alimentação no domicílio caiu 0,41% em setembro, com destaque para as reduções no tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata-inglesa (-8,55%) e arroz (-2,14%).
As carnes também recuaram em setembro, -0,12%, e o preço do café caiu pelo terceiro mês seguido, lembrou Gonçalves. "O café caiu pelo terceiro mês seguido, mas caiu menos em setembro (-0,06%). A gente apurou que a colheita de café foi menor que a esperada, e as exportações se sustentaram, o Brasil conseguiu outras praças de exportação", disse ele.
Por outro lado, houve aumentos em setembro nas frutas (2,40%) e no óleo de soja (3,57%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,11% em setembro: o lanche aumentou 0,53%, e a refeição fora de casa caiu 0,16%. Segundo Gonçalves, a maior oferta de alimentos pode ter desacelerado o ritmo de aumento de preços da alimentação fora de casa.
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