Rio e São Paulo, 09/10/2025 - O
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro com alta de 0,48%, ante um recuo de 0,11% em agosto, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (
IBGE). O resultado representa a maior alta mensal desde março de 2025, quando havia subido 0,56%. Para meses de setembro, a taxa foi a mais alta desde 2021, quando o IPCA teve avanço de 1,16%. Em setembro de 2024, a taxa tinha sido de 0,44%.
O resultado veio abaixo da mediana calculada a partir do levantamento do Projeções Broadcast. A mediana era de 0,52%. As estimativas iam de 0,46% a 0,58%. A taxa acumulada pela
inflação no ano ficou em 3,64%.
O resultado acumulado em 12 meses foi de 5,17% até setembro, ante taxa de 5,13% até agosto. Nessa medida, o resultado também ficou abaixo da projeção mediana que era de 5,21%.
Habitação e Energia elétrica
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de um recuo de 0,90% em agosto para uma elevação de 2,97% em setembro, maior resultado para o mês desde 1995, quando aumentou 4,51%.
A energia elétrica residencial aumentou 10,31% em setembro, subitem de maior pressão individual no IPCA do mês. A elevação foi decorrente do fim do desconto do Bônus de Itaipu, que tinha sido creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. O IBGE lembra que em setembro esteve em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 à conta e luz a cada 100 Kwh consumidos.
Houve ainda reajustes nas tarifas nas seguintes regiões: 18,62% em São Luís a partir de 28 de agosto; 15,32% em Vitória em 7 de agosto; e 4,25% em Belém em 7 de agosto.
No ano, a energia elétrica residencial acumula uma alta de 16,42%, maior impacto individual no IPCA do período. No acumulado em 12 meses, a energia elétrica subiu 10,64%, um impacto de 0,44 ponto porcentual no IPCA de 5,17% acumulado no período.
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,07%, devido a reajustes de 7,84% em Aracaju em 1º de setembro e de 4,81% em Vitória desde 1º de agosto.
O gás encanado aumentou 0,01%, em decorrência do aumento de 6,41% nas faturas em Curitiba em 1° de agosto, mas redução média de 1,22% nas tarifas do Rio de Janeiro também a partir de 1º de agosto.
Já os preços do grupo Alimentação e bebidas caíram 0,26% em setembro, após queda de 0,46% em agosto. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,41% em setembro, após ter recuado 0,83% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,11%, ante alta de 0,50% em agosto.