São Paulo, 02/07/2025 - A
B3 finalizou o processo de audiência restrita para a atualização do regulamento do Novo Mercado. Das 152 empresas do segmento que votaram, 74 se manifestaram contra todas as propostas, 8 foram a favor de todas as propostas e 70 a favor de algumas propostas.
O que é o Novo Mercado?
Em 25 anos de história, o
Novo Mercado veio para estabelecer um novo padrão de governança corporativa, visando um ambiente de negociações mais seguro, atraindo mais investidores. A partir da primeira listagem, em 2002, ele se tornou o padrão de transparência e governança exigido pelos investidores para as novas aberturas de capital, sendo recomendado para empresas que pretendam realizar ofertas grandes e direcionadas a qualquer tipo de investidor.
Em resumo, a listagem nesse segmento exige a adoção de um conjunto de regras societárias que ampliam os direitos dos acionistas, além da divulgação de políticas e existência de estruturas de fiscalização e controle. Desde a sua criação, o Novo Mercado passou por revisões em 2006, 2011, 2018 e, recentemente, em 2023.
De acordo com a norma vigente no regulamento, caso um terço das empresas listadas no Novo Mercado rejeite as propostas apresentadas, elas não são implementadas.
Na data da publicação da audiência restrita, o Novo Mercado era formado por 190 empresas e os votos deveriam passar pelos conselhos de administração. Com 74 empresas contra as mudanças, fica valendo a manutenção do regulamento, sem nenhuma atualização, informou a B3.
Processo
Ao longo de todo o processo, a B3 participou de mais de 60 reuniões com cerca de 120 empresas e recebeu 76 contribuições por escrito, enviadas por companhias, investidores, associações e especialistas do mercado. Durante a audiência restrita, se comprometeu a iniciar uma nova discussão com participantes do mercado e regulador acerca de temas processuais para deliberação de modificações do Regulamento do Novo Mercado.
Desde a criação do Novo Mercado, em 2000, já houve cinco atualizações em seu regulamento, que refletem a importância de aprimorar continuamente as práticas de governança corporativa, com o objetivo de proteger melhor empresas e investidores e tornar o mercado de capitais brasileiro mais atrativo para investidores do Brasil e do exterior, destaca a B3.
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