Bancos suspendem consignado CLT até novembro para migrar sistema

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A paralisação acontece para que a Dataprev faça a transferência de 4 milhões de contratos antigos para a nova plataforma - Envato
A paralisação acontece para que a Dataprev faça a transferência de 4 milhões de contratos antigos para a nova plataforma

Por Altamiro Silva Junior e Flávia Said, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 21/08/2025, às 17h24
São Paulo e Brasília, 21/08/2025 - Começou nesta quinta-feira, a suspensão pelos bancos da liberação de empréstimos do crédito consignado pela CLT, o produto que existia antes de o governo lançar o novo consignado privado este ano. A paralisação acontece para que a Dataprev, empresa de tecnologia do governo, faça a transferência de 4 milhões de contratos antigos para a nova plataforma. A suspensão vai até novembro.
A Dataprev vem comunicando os bancos nas últimas semanas sobre a migração e a suspensão dos serviços. Os contratos a serem migrados são de funcionários que trabalham em empresas que tinham parceria específicas com bancos para oferecer empréstimos consignado com desconto em folha de pagamentos. Agora, vão migrar para a plataforma "Crédito do Trabalhador", que está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
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No modelo antigo, a concessão do consignado dependia de convênios entre empresas e bancos. Com o "Crédito do Trabalhador", o funcionário autoriza o compartilhamento de dados pessoais e funcionais pelo aplicativo, recebe ofertas de crédito em até 24 horas, escolhe a proposta com juros mais baixos e tem parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento, com limite de 35% da renda mensal.
A modalidade teve adesão de mais de 70 bancos, segundo informações da Agência Brasil.
Em março, o governo lançou o novo consignado privado, que começou de fato a operar em junho, com a adesão de vários bancos, alguns mais cautelosos no começo das operações para liberar recursos, por conta de questões operacionais. Os dados mais recentes mostram que a nova modalidade emprestou, até meados de agosto, R$ 28 bilhões a 3,92 milhões de trabalhadores. O juro médio tem sido de 3,58% ao mês. Segundo fontes, no começo, a inadimplência na modalidade bateu em 16%, mas com as melhorias operacionais, tem caído.  
Contatos: flavia.said@estadao.com; altamiro.junior@estadao.com

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