Fecomércio-SP estima que perdas com apagão já superam R$ 2,1 bilhões
Estadão Conteúdo
16/12/2025 | 14h11
São Paulo, 16/12/2025 - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) estima em R$ 2,1 bilhões as perdas para o setor provocadas pelo apagão que se seguiu ao vendaval histórico que atingiu a região metropolitana de São Paulo na última quarta-feira. A conta da entidade considera as perdas em faturamento para os negócios ligados às empresas de serviços e ao comércio entre os dias 10 e 14.
Segundo a estimativa, a perda em receita foi maior para o setor de Serviços, que deixou de faturar R$ 1,4 bilhão. No primeiro dia do apagão (10), a entidade estima que o setor deixou de faturar R$ 541 milhões. Na ocasião, mais de 2,2 milhões de imóveis ficaram no escuro.
Leia também: Enel SP diz que seguirá trabalhando para reduzir o impacto de eventos climáticos
No segmento de varejo, a projeção de perdas entre quarta e domingo é de R$ 696 milhões, dos quais R$ 267 milhões apenas no primeiro dia do apagão.
Com isso, de acordo com a entidade, o prejuízo já supera as perdas de outubro de 2024.
Na época, por conta das chuvas fortes, foram ao menos cinco dias de imóveis sem fornecimento e um rombo de R$ 2 bilhões para os dois setores, observa a entidade em nota.
Teve prejuízo com o apagão?
Em caso de longos períodos de falta de energia, a Fecomercio-SP orienta que o consumidor abra um chamado junto à distribuidora e faça um registro formal antes de seguir por canais judiciais.
Assim você terá em mãos um documento oficial da queixa, que poderá ser utilizado em uma futura ação na Justiça. Outro ponto positivo é que as respostas tendem a ser mais rápidas.
Leia também: Vendaval provocou danos no imóvel, de quem é a conta: sua ou do condomínio
Para fazer reclamações sobre panes em aparelhos eletroeletrônicos, as distribuidoras do serviço são obrigadas por regras do setor a disponibilizar canais de atendimento aos consumidores para solucionar os problemas.
Se não houver retorno do atendimento da distribuidora de energia, a recomendação é reclamar junto à ouvidoria da empresa. Caso não haja retorno, o próximo passo é procurar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o número do protocolo da reclamação inicial em mãos.
Quando acionar o Procon
Se a sua reclamação ainda seguir ignorada, a recomendação é procurar o Procon da sua região. Saiba que, por lei, a solicitação para ressarcimento é feita por intermediação dos Procons locais quando o fornecimento de energia é interrompido por mais de 24 horas em áreas urbanas e 48 horas em regiões rurais.
Para entrar com o pedido, tenha em mãos o máximo de provas possíveis do prejuízo reclamado.
Leia também: Enel acumula mais de R$ 77 milhões em multas aplicadas pelo Procon-SP
Comentários
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.
