Grupo Alimentação é o vilão da inflação de abril, que volta a desacelerar

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Alimentação fora de casa e reajuste dos medicamentos puxaram inflação de abril, mas resultado veio em linha com as estimativas - Adobe Stock
Alimentação fora de casa e reajuste dos medicamentos puxaram inflação de abril, mas resultado veio em linha com as estimativas

Por Fabiana Holtz e Daniela Amorim, do Broadcast

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Publicado em 09/05/2025, às 09h46 - Atualizado às 11h21

Rio, 09/05/2025 - O grupo Alimentos e bebidas foi mais uma vez o vilão na Inflação em abril, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 0,43%. O resultado da inflação oficial do país foi o mais elevado para o mês desde 2023, quando havia subido 0,61%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ante março (+0,56%), no entanto, o desempenho representa uma desaceleração. No mês de abril de 2024, a taxa tinha sido de 0,38%.

No  acumulado em 12 meses, a inflação acelerou pelo terceiro mês consecutivo, passando de 5,48% em março para 5,53% em abril. Nesse critério, essa é a taxa mais alta desde fevereiro de 2023, quando estava em 5,60%.

No grupo Alimentação e bebidas a alta foi de 0,82% no mês passado, com os preços da alimentação fora do domicílio pesando mais, passando de 0,77%  em março para 0,80% em abril . Já a alimentação no domicílio a alta desacelerou de 1,31% em março para 0,83% em abril. Em março, porém, esse grupo apresentou alta de 1,17%.

Já o grupo Saúde e cuidados pessoais avançou de 0,43% para uma alta de 1,18% em abril no comparativo mensal, com destaque para os reajustes de até 5,09% nos medicamentos que entraram e vigor em 31 de março. Também tiveram forte impacto no grupo dos avanços de 1,09% nos itens de higiene pessoal e de 0,57% no plano de saúde.

Outro grupo que chamou a atenção foi o de Vestuário, que saiu de uma alta de 0,59% em março para uma elevação de 1,02% em abril.  O movimento sazonal de mudança de estação, com a chegada às lojas de novas coleções, explica essa alta na avaliação do IBGE, com destaque para as altas de 1,45% nos item roupa feminina, de 1,21% para roupa masculina e de 0,60% nos calçados e acessórios.

Transportes e Habitação desaceleram

Na outra ponta, os preços de Transportes caíram 0,38% em abril, após alta de 0,46% em março.
O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08 ponto porcentual para o IPCA.

Os preços de combustíveis, por sua vez, tiveram queda de 0,45% em abril, após avanço de 0,46% no mês anterior. A gasolina caiu 0,35%, após ter registrado alta de 0,51% em março, enquanto o etanol recuou 0,82% nesta leitura, após alta de 0,16% na última.

Com uma leve desaceleração, os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,24% em março para 0,14% em abril. 

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