Indústria criativa responde por 3,59% do PIB, diz Firjan

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Indústria criativa responde por quase 4% do PIB brasileiro, aponta estudo da Firjan - Adobe Stock
Indústria criativa responde por quase 4% do PIB brasileiro, aponta estudo da Firjan

Por Daniela Amorim, do Broadcast

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Publicado em 18/06/2025, às 09h27
Rio, 18/06/2025 - A Indústria Criativa respondeu por uma fatia de 3,59% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023, totalizando R$ 393,3 bilhões. Os dados são do estudo Mapeamento da Indústria Criativa, divulgado nesta quarta-feira, 18, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O setor tem participação ainda maior em Unidades da Federação com economia mais diversificada, como São Paulo (onde responde por 5,3% do PIB estadual), Rio de Janeiro (com uma fatia de 5,2% do PIB regional), Santa Catarina (4,2%) e Distrito Federal (4,9%).
O levantamento da Indústria Criativa abrange 13 segmentos divididos em quatro grandes Áreas Criativas: Consumo (Design, Arquitetura, Moda e Publicidade & Marketing), Mídia (Editorial e Audiovisual), Cultura (Patrimônio & Artes, Música, Artes Cênicas e Expressões Culturais) e Tecnologia (P&D, Biotecnologia e TIC). O estudo tem como base a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, último dado oficial divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No ano de 2023, o setor empregava aproximadamente 1,26 milhão de profissionais formais, montante 6,1% maior que o registrado em 2022.
A Indústria Criativa era responsável por 2,3% dos empregos formais no País em 2023. Essa proporção era maior nos estados de São Paulo (3,4% das vagas formais eram empregos criativos), Rio de Janeiro (2,9%), Distrito Federal (2,9%), Santa Catarina (2,6%) e Rio Grande do Sul (2,4%).
Regionalmente, São Paulo concentrava quase metade do PIB criativo brasileiro, 48,7% do total nacional, somando R$ 192 bilhões gerados e 517 mil empregos.
“A mudança estrutural vista na economia brasileira resulta do fortalecimento contínuo do mercado criativo, monitorado desde 2008 pelo Mapeamento. Nesse mercado, inovação, propriedade intelectual e valor da criatividade são pilares da expansão. A pandemia acelerou a digitalização e a adoção de novas tecnologias, impulsionando ainda mais o setor”, declarou Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan e coordenadora do estudo, em nota.
O segmento de Consumo detinha 613,923 mil empregos criativos, seguido por Tecnologia, com 469,152 mil. As duas áreas concentravam juntas mais de 85% dos empregos formais da Indústria Criativa. A área de Mídia detinha mais 96,923 mil trabalhadores, e Cultura, outros 81,756 mil.
Segundo a Firjan, mais de 1 milhão desses profissionais trabalhava em empresas cuja atividade principal não era considerada criativa, "evidenciando a transversalidade do setor para a economia nacional".
"Em 2023, cerca de 17,5% dos trabalhadores criativos (221,38 mil) estavam na Indústria Clássica/Indústria de Transformação, que converte matérias-primas em produtos físicos, usando máquinas e processos de produção em massa para produzir bens padronizados, como fábricas de automóveis ou indústrias têxtil, alimentícia, metalúrgica, etc.", citou o estudo.
Para a entidade, o mapeamento reforça a importância de políticas públicas "que promovam a capacitação profissional, o incentivo à inovação e a melhoria da infraestrutura para sustentar o crescimento do mercado criativo e ampliar sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social do país”, defendeu Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, em nota. “Os futuros Mapeamentos deverão identificar o impacto positivo de diversas políticas setoriais, que começaram a ser implementadas após o fechamento desta oitava edição”, previu.

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