Facebook Viva Youtube Viva Instagram Viva Linkedin Viva

Oi dá adeus à Bolsa de valores valendo centavos após falência

sidneydealmeida - stock.adobe.com

Com a decisão judicial, a B3 anunciou a suspensão das negociações com os valores mobiliários da Oi - sidneydealmeida - stock.adobe.com
Com a decisão judicial, a B3 anunciou a suspensão das negociações com os valores mobiliários da Oi

Por Mateus Fagundes e Amélia Alves, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 11/11/2025, às 08h32
São Paulo, 11/11/2025 - O fim da novela da Oi, com a falência decretada pela Justiça nesta segunda-feira, representa também o ponto final na história das ações da empresa de telecom, que chegarou a ser queridinha de investidores em bolsa por muitos anos, mas que agora valem centavos.
A ação ordinária da operadora de telecom, a OIBR3, encerrou o pregão desta segunda-feira a R$ 0,18, uma perda diária de 35,71% e de 86,57% neste ano. A ação preferencial, OIBR4, recuou 47,85% no dia, para R$ 2,43, acumulando baixa de 73,03% em 2025. O valor de mercado da companhia ficou em R$ 62,97 milhões ao final do dia.

O que acontece com as ações da Oi após a falência?

Com a decisão judicial, a B3 anunciou a suspensão das negociações com os valores mobiliários da Oi.
A medida foi tomada com base no artigo 43 do Regulamento de Emissores e no artigo 83, inciso IV, do Regulamento de Negociação da Bolsa. Não foi informado nem quando nem se os papéis voltarão a ser negociados.
Na prática, no entanto, não é esperado um retorno das negociações da Oi, uma vez que a empresa entrou em falência e a possibilidade de reversão desse quadro é bastante remota.
O artigo 71 do Regulamento de Negociação da Bolsa estabelece que, após a suspensão da negociação por decretação de falência, ocorrerá um leilão dos papéis para apurar o preço que será utilizado para liquidar as posições em aberto de derivativos, empréstimos, falhas de entrega de ativos e recompras.
Procurada pela Broadcast, a B3 informou que esses próximos passos serão analisados.

Histórico da Oi na Bolsa

A então Telemar desembarcou na Bolsa no fim dos anos 1990, na esteira das privatizações do setor de telefonia do País. Em 2003, os papéis do grupo chegaram a ser, juntos, os de maior peso no Ibovespa, superando os pesos-pesados Petrobras, Vale e bancos.
Em 2007, a marca Telemar deixou de existir, sendo substituída pela Oi. Foi quando o projeto da supertele nacional foi concebido. Gradualmente, contudo, os papéis foram perdendo espaço na carteira teórica do principal índice de ações brasileiro.
Em 2012, a empresa passou por uma reestruturação, e os então sete papéis do grupo (TNLP3, TNLP4, TMAR3, TMAR5, TMAR6, BRTO3 e BRTO4) se transformaram em apenas OIBR3 e OIBR4. As ações integraram o Ibovespa em algumas ocasiões, mas seguiam perdendo o apelo dos investidores, já cada vez mais preocupados com o rumo da companhia.
Depois da entrada na primeira recuperação judicial, em 2016, os papéis nunca mais voltaram a fazer parte do Ibovespa. No caminho até a derrocada final, houve grupamentos de ações para atender exigências da B3.

Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.

Gostou? Compartilhe

Últimas Notícias