Trabalhador pretende usar lucro do FGTS para pagar dívidas, aponta pesquisa

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O Fundo irá distribuir cerca de R$ 12,9 bilhões, parte dos lucros referentes ao ano de 2024 - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O Fundo irá distribuir cerca de R$ 12,9 bilhões, parte dos lucros referentes ao ano de 2024

Por Fabiana Holtz

redacao@viva.com.br
Publicado em 02/08/2025, às 09h00
São Paulo, 02/08/2025 - O depósito do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é distribuído anualmente para os trabalhadores com carteira assinada, pode representar um reforço no orçamento de milhões de brasileiros para reduzirem seu endividamento, segundo pesquisa recente realizada pela fintech meutudo. Em 24 de julho, o Conselho Curador do FGTS aprovou a distribuição de parte dos lucros obtidos no ano passado, cerca de R$ 12,9 bilhões, para crédito nas contas dos trabalhadores com vínculo em carteira, que será feito até 31 de agosto.
Segundo o levantamento da fintech, 65% dos trabalhadores que esperam receber o valor neste ano tem como prioridade quitar dívidas. Entre as despesas mais lembradas estão a do cartão de crédito, empréstimos e contas em atraso. A enquete, realizada no blog da meutudo em quatro etapas entre 13 e 18 de junho, contou com cerca de 18 mil respondentes. 
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Outro dado revelador da pesquisa é que mais da metade (51%) dos entrevistados nunca ouviu falar sobre o lucro do FGTS. E mesmo entre os que conhecem o benefício, 39% ainda não sabem como sacar o dinheiro. 
Na visão de Márcio Feitoza, CEO da meutudo, os números apenas reforçam o papel social dessa distribuição. "Quando o trabalhador tem um saldo significativo, esse rendimento pode representar um alívio financeiro real, especialmente em momentos de aperto”, afirma. Prova disso é que para 77% dos entrevistados que já receberam alguma vez o lucro do FGTS a quantia fez diferença no orçamento.
Feitoza ressalta que quando o trabalhador entende seus direitos e conhece as possibilidades disponíveis, consegue tomar decisões mais conscientes.
Ciente do crescente endividamento da população, em junho a Caixa lançou uma campanha de renegociação de dívidas comerciais que deve beneficiar 5,8 milhões de clientes negativados. Os descontos oferecidos podem chegar até 90% – não há limite de dívida para acordos. 

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