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São Paulo, 25/10/2025 - A cada 10 brasileiros, 9 perceberam um aumento de preço no último ano, e mais da metade (55%) acredita que a alta deve continuar. No entanto, 73% não abrem mão dos pequenos "mimos" nas compras, ainda que custem mais do que podem pagar.
Os dados são da pesquisa "“Consumo em Tempos de Inflação e Repriorização", realizada em parceria pela Neogrid e pela Opinion Box, que ouviu os responsáveis pelas compras em 1.000 famílias brasileiras.
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Apesar do gasto com os pequenos prazeres, como entregas de comida e bebidas, 82% dos consumidores trocaram as marcas de costume por opções mais baratas nos últimos 12 meses. Seja por otimismo, ou não adaptação com os novos produtos, a maioria pretende voltar a comprar as versões mais caras.
O brasileiro está acostumado a lidar com a inflação, e a Head de Insights do Opinion Box , Júlia Vilella, explica como isso gera a flexibilidade no consumo:
“Os dados nos mostram como o consumidor se adapta rapidamente em cenários de inflação, mudando hábitos e prioridades de compra"
A Neogrid entregou ao Viva um recorte com foco nos consumidores acima dos 50 anos. 65% deles ainda mantém os "mimos" mesmo com os preços altos, um número inferior ao geral da população, mas ainda majoritário. Dentre os gastos, os que mais permanecem são as refeições fora de casa e a compra de chocolates e doces, empatados em 42%.
Ir ao mercado é também um momento de investigação, 86% dos consumidores têm o costume de pesquisar os preços antes de comprar, e um terço deles pesquisa durante as compras no mercado. Apesar da grande maioria preferir o presencial, um a cada quatro também faz as compras pela internet.
“Os dados revelam um forte componente de bem-estar emocional nas decisões de compra. Mesmo em um cenário de instabilidade, o brasileiro protege as experiências e os pequenos prazeres”, analisa Christiane Cruz Citrângulo, diretora da Unidade de Negócio Supply Chain e Execução no Varejo da Neogrid. “Esse comportamento reforça a percepção de que o consumidor busca equilibrar cortes no orçamento sem renunciar aos momentos que geram satisfação.”
*Estagiário sob supervisão de Alessandra Taraborelli
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