Rio, 09/06/2025 - Apesar da queda de 5,6% no preço da gasolina feita pela Petrobras no dia 3 de junho, o combustível continua mais caro no Brasil do que no mercado internacional, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgado nesta segunda-feira, 9, mantendo as janelas abertas para importação.
A estatal teria ainda espaço para reduzir a gasolina em mais R$ 0,07 por litro, ou 3% em relação ao preço externo atual, depois da queda de R$ 0,17 por litro da semana passada.
O polo de importação de Itacoatiara, no Amazonas, continua sendo o que apresenta o valor mais elevado do produto, com prêmio de 5% acima do preço internacional, seguido pelos polos de Itaqui (RS) e Suape (PE), ambos com 3% de prêmio. Em Paulínia (SP) e Araucária (PR) a diferença também é positiva, de 1% sobre o preço externo, e em Aratu, na Bahia, onde opera a Refinaria de Mataripe, da Acelen, o prêmio é de 2%. A Acelen também reduziu o preço da gasolina na semana passada, em 2,4%, e aumentou o diesel em 3%.
No caso do diesel, a Abicom informa que a defasagem média do preço interno em relação ao mercado internacional é de 2%, tanto na Bahia quanto nas refinarias da Petrobras.
Nos postos
Nos postos de abastecimento, porém, o impacto da queda da gasolina não foi sentido em sua totalidade. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado na sexta-feira, o preço da gasolina registrou queda de 0,3% nos postos na semana de 1º a 7 de junho na comparação com a semana anterior.
No final de maio, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, propôs a criação de uma força-tarefa em nível nacional entre órgãos de segurança e fiscalização para avançar no combate às fraudes no setor de combustíveis. Segundo apurou a Broadcast, o Ministério de Minas e Energia está coordenando o acionamento de diversos mecanismos, incluindo o compartilhamento de notas fiscais eletrônicas para o rastreamento da venda e facilitação da identificação de cartéis.