Alckmin: energia renovável é mais barata, e Brasil ajuda o mundo a descarbonizar

Cadu Gomes/VPR

Na inauguração do Parque Solar Arinos, Alckmin disse que o custo de 1 mega watt é de R$ 200 contra R$ 750 da energia nuclear - Cadu Gomes/VPR
Na inauguração do Parque Solar Arinos, Alckmin disse que o custo de 1 mega watt é de R$ 200 contra R$ 750 da energia nuclear

Por Gabriel de Souza, Victor Ohana e Pepita Ortega , do Broadcast

[email protected]
Publicado em 04/06/2025, às 16h39
Brasília, 04/06/2025 - O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira, 4, que a energia renovável, antes taxada como cara, é a mais rentável na atualidade e o Brasil vai ajudar o mundo no processo de descarbonização.
“No passado, se dizia que a energia renovável era cara e não factível economicamente. Hoje, é a mais barata. Custa R$ 200 um megawatt, a nuclear custa R$ 750 um megawatt. É uma energia limpa, renovável, ajudando no combate às mudanças climáticas e gerando empregos”, disse Alckmin durante a inauguração do Parque Solar de Arinos, no noroeste de Minas
O investimento total do projeto em Minas é de R$ 1,5 bilhão e, segundo o governo federal, deve gerar cerca de quatro mil empregos diretos e indiretos. O projeto é desenvolvido pela Newave Energia, empresa de geração de energia renovável.
 Segundo Alckmin, o empreendimento vai diminuir a emissão de CO² em 22 mil toneladas por ano. O presidente em exercício disse ainda que o Brasil vai atrair data centers, que são instalações projetadas para hospedar equipamentos de tecnologia de informação (TI) e sistemas de computação.
“A demanda vai ser grande. Nós vamos atrair para o Brasil datacenters. É um alto consumidor de energia. O desafio para a inteligência artificial no mundo vai ser onde está a energia”, afirmou o presidente em exercício.

Inteligência artificial e ética

Pela manhã, Alckmin participou da solenidade de abertura do 11º Fórum Parlamentar do Brics, encontro de parlamentares dos 11 países do bloco, que vai até 5 de junho. No evento, ele efendeu o que chamou de "governança responsável” da inteligência artificial e reivindicou uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“A inteligência artificial deve ser guiada por princípios éticos e de transparência, com foco na proteção de dados, soberania digital e capacitação profissional. Defendemos uma governança responsável da inteligência artificial, por meio da cooperação entre governos, academia e setor privado”, declarou.
Em seguida, Alckmin tocou no tema da paz e da segurança internacional. “O Brasil reafirma o seu compromisso com soluções negociadas para conflitos e com a reforma do Conselho de Segurança da ONU para uma governança global mais justa e representativa”, afirmou.

Cenário desafiador

O presidente em exercício afirmou que o encontro “revela o compromisso para soluções em um cenário internacional desafiador” e mencionou uma série de assuntos. Entre os pontos, ele citou propostas de redução de barreiras burocráticas e de apoio a políticas de neoindustrialização.
 Alckmin também defendeu a aprovação de políticas que fortaleçam mecanismos multilaterais de cooperação e disse que o Brasil quer ser uma “ponte” entre nações e soluções. “Desafios são complexos e interconectados, nenhum país pode enfrentá-los sozinho”, disse.
 Na ocasião, ele afirmou que a cooperação entre os Poderes Legislativos dos países do bloco é “essencial” para haver resultados concretos e disse que a diplomacia parlamentar “complementa esforços dos chefes de Estado”.
Neste ano, o Brasil é o presidente do Brics e promoverá o encontro anual de chefes de Estado no Rio de Janeiro, em 6 e 7 de julho. Compõem o bloco os seguintes países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.

Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.

Últimas Notícias