Caged: saldo líquido é positivo em 257.528 empregos em abril

Geraldo Magela / Agência Senado

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Por Cícero Cotrim, do Broadcast

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Publicado em 28/05/2025, às 17h03
Brasília, 28/05/2025 - O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra criação líquida de 257.528 postos formais de trabalho em abril, após um saldo de 79.726 em março (com ajustes), segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.
O resultado ficou mais próximo do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 267.366 novos empregos gerados, do que da mediana do levantamento, que apontava criação de 170.500 postos de trabalho. O piso da pesquisa indicava um saldo positivo de 85.360 vagas. No mês passado, houve 2,28 milhões de admissões e 2,02 milhões demissões.
O saldo positivo foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 136.019 vagas. O comércio abriu 48.040 vagas no período, e a indústria, 35.068. O saldo do setor de construção foi positivo em 34.295. O da agropecuária, positivo em 4.025.
Todas as 27 Unidades da Federação tiveram resultados positivos no Caged em abril. As maiores criações líquidas de postos de trabalho, em números absolutos, ocorreram em São Paulo (+72.283), Minas Gerais (+29.083) e Rio de Janeiro (+20.031).  Os menores saldos foram de Alagoas (+414), Roraima (+669) e Acre (+760).
O saldo do Caged é positivo em 922.362 postos formais no acumulado de janeiro a abril deste ano. No mesmo período de 2024, foram criados 965.566 postos de trabalho, considerando a série com ajustes.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que os números do Caged dos quatro primeiros meses deste ano sugerem uma criação menor de empregos do que em 2024. Por isso, defendeu que o Banco Central pare de aumentar a taxa Selic, para permitir o crescimento da economia e a geração de postos de trabalho.
"Quem sabe o Banco Central escute isso e registre que pode parar de aumentar juros", disse Marinho, em entrevista coletiva sobre o Caged de abril. "Nós estamos fazendo quase que um milagre para segurar a economia funcionando, criando e gerando novos empregos, porque, de fato, os juros estão excessivamente elevados."

Juros e indústria

Marinho contou que o empresariado, especialmente do setor produtivo, "vem reclamando" dos juros. O ministro pediu que o BC busque calibrar melhor a sua visão do futuro, e citou diversas ações do governo para manter a economia aquecida. Segundo o ministro, a criação de 35.068 empregos formais pela indústria brasileira em abril reflete as políticas adotadas pelo governo Lula para favorecer o setor. Ele concede entrevista coletiva para comentar o Caged do mês, divulgado nesta tarde.
 "É sinal que os programas para a Nova Indústria, as políticas de fomento ao crédito, financiamento, o papel desempenhado pelo BNDES, abastecido pelo dinheiro do FAT, vêm dando conta do recado e do planejado no processo de reindustrialização", disse Marinho.

PAT

Marinho afirmou que o governo continua discutindo possíveis mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). A sua pasta ficou responsável por consolidar as informações e análises de várias áreas do governo, e esse processo não deve passar de junho, ele afirmou.
 "Isso tem atrasado um pouco. Eu pretendia ter essa decisão até o final de maio. Seguramente, como nós já estamos nos últimos dias, eu confesso que nós não vamos ter condições de fechar dentro do mês de maio. Mas, na minha opinião, não pode, de maneira alguma, passar de junho", disse Marinho, em entrevista coletiva sobre os dados do Caged de abril.
 Ele afirmou que há dificuldade em relação à agenda dos agentes que vão preparar uma proposta para análise do presidente Lula. Indagado sobre uma eventual dificuldade criada por parte do Banco Central, Marinho disse que a autoridade monetária não está atrasando o processo. "O Banco Central, nesse caso, está inocente", disse.

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