São Paulo, 07/11/2025 - Centenas de voos estão sendo cancelados nos
Estados Unidos, por ordem da FAA, a agência responsável pelo controle aéreo naquele país. A ordem de determinar a redução do tráfego em 40 dos principais aeroportos norte-americanos é uma das consequências do
shutdown, a paralisação dos serviços do governo federal, que nesta sexta-feira (7) completa 38 dias, a mais longa da história dos EUA.
A FAA, equivalente à Anac brasileira, determinou que as companhias aéreas reduzam o número de pousos e decolagens em aeroportos como Nova York, Los Angeles, Chicago e Atlanta, este último o mais movimentado do mundo.
A redução será feita de forma progressiva: 4% a partir de hoje, 6% em 11 de novembro, 8% em 13 de novembro e 10% a partir de 14 de novembro. Estima-se que os cortes podem chegar a 1.800 voos.
Cortes são efeito de redução no orçamento
Atrasos já vinham sendo verificados em diversos aeroportos desde outubro, por força da redução das equipes de tráfego aéreo, causada pela ausência de orçamento para financiar o serviço de forma integral.
Os controladores de voo são pagos com recursos federais; muitos foram afastados por falta de verbas, e os que permaneceram estão sobrecarregados e trabalhando sem receber salários.
“Meu departamento tem muitas responsabilidades, mas nosso trabalho número um é a segurança. Isto não é sobre política – é sobre avaliar os dados e aliviar o risco crescente no sistema enquanto os controladores continuam a trabalhar sem pagamento”, disse o Secretário de Transporte dos EUA, Sean P. Duffy, à página da FAA. “É seguro voar hoje, e continuará a ser seguro voar na próxima semana por causa das ações proativas que estamos tomando.”
“Estamos vendo sinais de estresse no sistema, então estamos reduzindo proativamente o número de voos para garantir que o povo americano continue voando com segurança”, disse o Administrador da FAA, Bryan Bedford.
Voos internacionais não são afetados
A agência afirmou que as reduções no número de pousos e decolagens não abrangem os voos internacionais. Mas deixou a critério das próprias companhias aéreas a decisão sobre quais voos serão cancelados.
Pelo procedimento padrão nos EUA, as empresas aéreas têm de emitir reembolsos integrais dos bilhetes cancelados, mas não são obrigadas a cobrir os chamados custos secundários, como gastos com hospedagem para os passageiros afetados.
Os cortes nos voos ocorrem no momento em que o país se aproxima do seu período de viagens mais movimentado, com o Thanksgiving Day (feriado de Ação de Graças), daqui alguns dias - marcado para 27 de novembro.