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Dirigente de associação investigada fica em silêncio na CPMI do INSS

Waldemir Barreto/ Agência Senado

O requerimento para a convocação de Igor Delecrode (no centro) foi apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). - Waldemir Barreto/ Agência Senado
O requerimento para a convocação de Igor Delecrode (no centro) foi apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).
Marcel Naves
Por Marcel Naves marcel.naves@viva.com.br

Publicado em 10/11/2025, às 19h17 - Atualizado às 19h39

São Paulo, 10/11/2025 - Após decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Igor Dias Delecrode teve garantido o direito de permanecer em silêncio,  e não prestar o compromisso de dizer a verdade na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS.Ele atuou como dirigente da Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (Aasap) e de outras entidades investigadas por suspeita de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Delecrode  também é apontado como sócio de outras  empresas investigadas na fraude.

Os requerimentos para a convocação foi apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e outros parlamentares. Objetivo era ouvir sobre como atuavam a Aasap e associações  como a Amar Brasil Clube de Benefícios, Master Prev e a Andapp. As entidades são suspeitas de movimentar cerca de R$ 700 milhões por meio de mensalidades descontadas de aposentados sem autorização.

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A CPMI pretende ainda esclarecer a relação de Delecrode com os dirigentes Felipe Macedo Gomes (Amar Brasil), Anderson Cordeiro (Master Prev) e Américo Monte (Andapp). O objetivo é identificar uma possível estrutura societária comum, transferências financeiras entre as entidades e uso compartilhado de serviços, como tecnologia, biometria e administração.

Para a sessão de quinta-feira (13), está agendado o depoimento do ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), André Paulo Felix Fidelis. Na semana seguinte, na segunda-feira (17), a comissão recebe o ex-coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva.

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A reunião de quinta foi antecipada para a terça (18), devido ao feriado da Consciência Negra, que cai na quinta-feira. A depoente será Cecília Rodrigues Mota, apontada pela PF como presidente de fachada de associações que teriam sido usadas no esquema de fraude.

No dia 24, será a vez dos empresários Danilo Berndt Trento e Vinícius Ramos da Cruz. Segundo a PF, Trento teria atuado em conjunto com o ex-procurador-geral do INSS Virgílio Antônio de Oliveira Filho. Já Cruz é cunhado do presidente de outra associação suspeita, a Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).

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