Brasília, 06/05/2025 - A eventual instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as
fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve demorar. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse estar "imobilizado", já que há 13 pedidos de investigação e apenas cinco CPIs podem ser instaladas simultaneamente.
"Nem se eu quiser eu posso. As cinco primeiras que estão postas eu posso instalar. É a 13ª, então não chega até lá ", afirmou o deputado.
Motta falou com jornalistas na noite de terça-feira,m 6, após logo após a aprovação do projeto que
aumenta o número de deputados de 513 para 531. Segundo o chefe da Câmara, a alteração não vai acarretar em aumento de despesas. Os custos serão equacionados dentro do orçamento da Casa, segundo Motta.
"O custo é de R$ 60 milhões ao ano, cabe no orçamento da Câmara, não vai precisar pedir R$ 60 milhões. Nós vamos adequar isso e também há a perspectiva de outras receitas, a exemplo de venda da folha, uma série de coisas para suprir esse futuro gasto que só ocorrerá a partir de 2027", afirmou o presidente da Câmara.
CPI Mista
Apesar de pouco provável que a Câmara instale a CPI neste momento, há a possibilidade de avanço de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), pelas mãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), segundo apurou a
Coluna do Estadão.A prerrogativa de instalar uma CPMI, que reúne deputado e senadores, é de Alcolumbre porque o presidente do Senado também acumula o cargo de presidente do Congresso Nacional. Procurado, o senador não respondeu.
A coleta de assinaturas para abertura da CPMI está sendo feita pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Segundo as organizadoras do movimento, já há apoio suficiente, mas o requerimento só deve ser protocolado no próximo dia 20, com a justificativa de aumentar ainda mais o número de signatários.
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