Em carta, governo cobra resposta dos EUA sobre pedido de negociação feito em maio

Joédson Alves/Agência Brasil

O chanceler Mauro Vieira assina a carta e endereçada ao secretário de Comércio dos EUA juntamente com Alckmin - Joédson Alves/Agência Brasil
O chanceler Mauro Vieira assina a carta e endereçada ao secretário de Comércio dos EUA juntamente com Alckmin

Por Luiz Araújo, da Broadcast

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Publicado em 16/07/2025, às 13h13

Brasília, 16/07/2025 - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta quarta-feira, 16, que o governo federal enviou, ontem, uma carta à gestão norte-americana de Donald Trump sobre o anúncio de tarifas contra o Brasil. Conforme descreve a publicação do MDIC, a carta critica a taxação, mas finaliza cobrando por respostas à busca por diálogo, o que estaria sendo tentado de forma oficial pela diplomacia brasileira desde meados de maio.

A carta foi assinada pelo vice-presidente e Ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Nela, dizem que desde antes do anúncio das tarifas recíprocas, em 2 de abril, o governo "tem dialogado de boa-fé com as autoridades norte-americanas em busca de alternativas para aprimorar o comércio bilateral". Ponderam que a balança comercial entre os dois países tem sido favorável aos EUA.

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"Para fazer avançar essas negociações, o Brasil solicitou, em diversas ocasiões, que os EUA identificassem áreas específicas de preocupação para o governo norte-americano”, apontam os ministros na carta direcionada ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e ao Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer.

O texto segue dizendo que, mantendo a busca por acordos, o governo brasileiro apresentou, em 16 de maio, minuta confidencial de proposta contendo áreas de negociação nas quais poderiam explorar soluções. "O governo brasileiro ainda aguarda a resposta dos EUA à sua proposta."

Por fim, afirmam que o Brasil permanece pronto para dialogar com as autoridades americanas "e negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral, com o objetivo de preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países e mitigar os impactos negativos da elevação de tarifas em nosso comércio bilateral".

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