Ricardo Stuckert / PR
Por Gabriel de Sousa e Geovani Bucci, da Broadcast
redacao@viva.com.brBrasília e São Paulo, 13/08/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 13, que o Brasil é, “em muitas coisas, muito mais” democrático do que os Estados Unidos. Na abertura da 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), Lula destacou que o presidente dos EUA, Donald Trump, estaria sendo julgado no Brasil se a invasão ao Capitólio tivesse ocorrido aqui.
“Isso é um mau exemplo para a humanidade. Durante muitas décadas, os EUA tentaram se apresentar como país mais democrático e de mais oportunidades. E agora, ele tem esse comportamento inexplicável e totalmente inaceitável”, disse. “Nós até perdoamos eles (EUA) por envolvimento no golpe de 1964.”
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O presidente brasileiro afirmou que a decisão de Trump de cassar os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não condiz com a postura de um presidente dos EUA. Além disso, o petista ressaltou que o Brasil tem sinalizado ao mundo a disposição para negociar, mas que não encontra interlocutores para o diálogo. Ele destacou que o governo federal continuará com a política de envolvimento da sociedade e políticas públicas, enfatizando que não permitirá o retorno de “tranqueiras”, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionado na carta de Trump, ao comando do País.
"Apresentaram um relatório dizendo que nós não respeitamos os direitos humanos, porque estamos perseguindo o ex-presidente. E que o ministro da Suprema Corte que está julgando é um ditador. Não é possível que ele não conheça nossa Constituição", continuou Lula. "Essas coisas que me deixam pasmo. Estamos precisando viver em tempos de paz. Ele está tentando destruir o multilateralismo."
Lula também relatou que, na terça-feira, enviou uma carta a Donald Trump, convidando-o pessoalmente para participar da COP-30.
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