Feliz com 'química boa' citada por Trump, Lula quer construir pauta positiva com EUA

Ricardo Stuckert / PR

Em entrevista coletiva na ONU, Lula afirmou que não há motivos para que os dois países vivam em “momentos de conflito”. - Ricardo Stuckert / PR
Em entrevista coletiva na ONU, Lula afirmou que não há motivos para que os dois países vivam em “momentos de conflito”.

Por Aline Bronzati e Gabriel de Sousa, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 24/09/2025, às 18h50 - Atualizado às 19h00
Nova York e Brasília, 24/09/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, 24, que ficou feliz ao ouvir do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que houve uma “química boa” entre os dois durante o rápido encontro na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A declaração dele foi feita durante uma coletiva de imprensa antes do chefe do Executivo deixar Nova York.
“Tive outra satisfação de ter um encontro com o presidente Trump. Aquilo que parecia impossível, deixou ser impossível e aconteceu. Eu fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós”, afirmou o presidente.
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 Lula afirmou também que não há motivos para que os dois países vivam em “momentos de conflito”. O presidente disse ainda que ficou feliz com o convite de Trump para uma conversa e que quer “construir uma pauta positiva” com o líder americano, além de “discutir e garantir a paz no planeta”.
“É muito importante essa relação. Torço para que dê certo porque Brasil e Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente. Nós temos muitos interesses empresariais, industriais, tecnológicos e científicos, em debates sobre a questão digital e a inteligência artificial e a questão comercial”, disse o presidente.
Por ele, a conversa com Trump, pode ser presencial e pública. Ele também minimizou a possibilidade de desconforto durante a conversa, declarando que será uma relação entre "seres humanos civilizados".
"Eu e Trump somos dois homens de 80 anos, não há por que ter brincadeira. Quero acabar com mal-estar com dos Estados Unidos", declarou.
O presidente voltou a dizer que as sanções do governo americano contra o Brasil ocorreram após Trump receber informações incorretas e "equivocadas" sobre o Brasil. Lula disse não saber quem deu esses detalhes inverídicos sobre o País ao líder americano. "Entre dois chefes de Estado, é preciso conversar com base em dados verdadeiros. (...) Quero que o Trump saiba do Brasil o que é verdade", afirmou

Multilateralismo e terras raras

 Lula afirmou ainda que o discurso dele na ONU foi importante para reforçar a importância do multilateralismo, além de promover a COP30, que será realizada no mês de novembro, em Belém.
“Essa reunião da ONU tem uma importância muito gratificante para o Brasil. Primeiro porque nós queríamos reforçar, no discurso, a ideia do multilateralismo, a ideia da democracia e reforçar a nossa COP30 em Belém”, disse o presidente.
Na coletiva, Lula também falou sobre minerais críticos e terras raras. "Queremos discutir com o mundo inteiro as nossas terras raras e minerais críticos. Queremos que empresas que quiserem explorar, venham para o Brasil explorar. O que a gente não quer é permitir que aconteça como aconteceu até agora com os minérios: a gente é só exportador e não faz o processo de industrialização dentro do Brasil", afirmou.
Palavras-chave Lula ONU Trump química

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