Haddad diz que projeto que amplia isenção do imposto de renda pode ser melhorado

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ministro diz que o governo  levou mais de um ano para fazer o projeto do IR - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Ministro diz que o governo levou mais de um ano para fazer o projeto do IR

Por Fernanda Trisotto e Giordanna Neves, do Broadcast

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Publicado em 16/04/2025, às 17h01

Brasília, 16/04/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta tarde que não tem compromisso com "erro ou vaidade" ao reconhecer que o projeto de lei que amplia a isenção do imposto de renda pode - e será - melhorado. Ele disse, no entanto, que "ninguém falou mal" da proposta apresentada, tampouco o Congresso, e que sequer foram feitas fake news sobre a medida.

"Eu acredito que nós criamos um constrangimento moral no País. Olha, o que está sendo dito? O que está errado nesse projeto? A gente está a fim. Dá para melhorar? Claro, óbvio. Você tem uma ideia melhor? Até agora, não apareceu", disse em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil.

"Levamos mais de um ano para fazer esse projeto. Então, tem que dar um tempo para o povo assimilar. Quem sabe aparece uma ideia melhor ainda, ou que aperfeiçoe. E a Fazenda, o Ministério da Fazenda, é o primeiro a se colocar de forma zero arrogante na mesa", emendou.

O ministro disse que o governo quis blindar o projeto de discussões com tom de "fúria arrecadatória". Segundo ele, a proposta tem como único fundamento buscar justiça social, e não elevar o nível de receitas da União. "Não queremos arrecadar um centavo a mais, não queremos arrecadar um centavo a menos para não faltar para saúde e educação", afirmou.

Conforme Haddad, o projeto de ampliação da isenção do imposto de renda vai beneficiar 15 milhões de brasileiros, incluindo a isenção de até R$ 5 mil e o desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Ele reiterou que a proposta terá um impacto fiscal de R$ 30 bilhões aos cofres públicos, que serão compensados pela taxação de alta renda, medida que vai atingir 141 mil brasileiros.

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