Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Brasília, 29/05/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 29, que, “por muitos anos, todo mundo fingia que não via problema” na cobrança de Imposto de Renda sobre a população mais pobre e que “todo mundo ficava com medo de mexer nessa ferida”.
“Por muitos anos, todo mundo fingia que não via problema, que o rico não paga IR e o trabalhador paga muito IR. E todo mundo ficava com medo de mexer nessa ferida. Lula mandou um projeto para o Congresso. Ontem conversei com o relator (deputado Arthur Lira)”, disse, em evento em Santa Catarina ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro da Fazenda disse que “ninguém está sendo punido” pelo projeto do governo. Afirmou ser uma proposta de “justiça tributária”.
“É um projeto de justiça tributária. Ninguém está sendo punido. O rico que paga 2% e ganha R$ 1 milhão vai ser chamado a contribuir com sua cota justa. Não é com penalidade. Ninguém está penalizando ninguém ou com ciúme de ninguém. A professora de escola pública paga 10% de IR. Porque a pessoa que ganha R$ 1 milhão não pode pagar 10% de IR?”, questionou.
O ministro disse que a “questão política é muito mais importante do que pessoas imaginam”. Haddad citou que a estabilidade política é importante para que investidores tenham confiança para aplicar dinheiro no Brasil.
“As pessoas de fora começam a prestar a atenção em quanto as pessoas estão conversando para encontrar um caminho para o País. Se eles entendem que as pessoas estão na mesa conversando e buscando caminho, ele investe no Brasil porque acredita que amanhã as coisas vão estar melhor que hoje”, declarou.
Haddad disse que “a verdade é que Lula traz estabilidade até emocional para o País pela maneira como trata o povo e respeita as pessoas”. O ministro da Fazendo afirmou que o presidente da República recebe prefeitos e governadores da oposição da mesma forma que os governistas.
“Já vi inúmeras vezes um governador ou prefeito fazer uma desfeita e ser recebido de braços abertos em Brasília, porque o presidente respeita o povo do Estado do governador, independente da ideologia”, argumentou.
Haddad chamou Lula de um “presidente timoneiro” e disse que ele “coordena os ministros e sua equipe na mesma direção, todo mundo remando para o mesmo lado”. Apesar disso, nos bastidores, o ministro da Fazenda vive um momento de pressão no governo, com críticas internas crescentes por causa da decisão de aumentar o IOF.
“É muita ingenuidade imaginar que esse País não vai ter problemas a resolver, mas é uma loucura não constatar que estamos em outro patamar civilizatório. O mundo está todo confuso, Europa numa confusão, EUA numa confusão, desaceleração econômica e temos um presidente timoneiro, que conduz o País, coordena os ministros e sua equipe na mesma direção, todo mundo remando para o mesmo lado”, afirmou.
Haddad mencionou o empresário Wesley Batista, que estava presente no evento junto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado.
“Desde que Lula assumiu o governo, o País não para de gerar emprego e não para de crescer. Essa é a verdade, para a surpresa de muitos analistas. Estou aqui na presença do Wesley Batista, empresário que atua em vários ramos da atividade econômica. Começou com questão de carne e hoje está em vários ramos”, afirmou.
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