Hospital informa que rapper Hungria não corre risco de ficar cego

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A equipe médica que cuida do cantor informou que não há como ele perder a visão agora por conta do metanol - Reprodução Instagram //rapperhungria_/
A equipe médica que cuida do cantor informou que não há como ele perder a visão agora por conta do metanol

Por Estadão Conteúdo

redacao@viva.com.br
Publicado em 03/10/2025, às 19h23 - Atualizado às 20h10
São Paulo, 03/10/2025 -- O rapper Hungria não corre risco de ficar cego, segundo avaliação de médicos que acompanham seu caso. O cantor foi internado ontem no DF Star, em Brasília, sob suspeita de intoxicação por metanol. Em paralelo, a  Polícia Civil do Distrito Federal divulgou hoje que não foi detectada a presença de metanol nas amostras de bebidas recolhidas em Brasília e ingeridas pelo cantor Hungria.
A equipe médica de Hungria concedeu coletiva de imprensa e afirmou que os exames laboratoriais para comprovar a presença da substância no sangue do cantor ainda não ficaram prontos. "Não há como ele perder a visão agora por conta do metanol. No começo, esse era nosso medo, quando ele começou com a queixa de turvação visual, mas como tudo foi feito muito rápido, conseguimos reverter isso e agora ele está sem sintomas", afirmou o médico Leandro Machado, que acompanha o cantor.
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O quadro de saúde do paciente é estável. Hungria passou por hemodiálise ontem e hoje e deve receber alta até segunda-feira, de acordo com a evolução do quadro.
O cantor fez um show no Estado de São Paulo no domingo, quando se apresentou no Boteco da Villa, em São Bernardo do Campo, que foi interditado pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. O Boteco da Villa afirma, em nota, que medida é precipitada e não há provas de contaminação por metanol nas bebidas vendidas no estabelecimento. Em Brasília, o cantor consumiu bebida na última quarta-feira.
"Em relação onde foi a intoxicação, não temos como saber. Pode ter sido em São Paulo? Pode. Pode ter sido aqui em Brasília? Pode. Mas isso quem vai decidir é a polícia, com a investigação que já está sendo feita", disse Machado.

Sem metanol

Segundo a Polícia Civil, a perícia analisou amostras apreendidas em uma distribuidora em Vicente Pires e em uma rede de mercados da capital. "De acordo com os peritos, não foi detectada a presença de metanol nas amostras analisadas. Os exames também apontaram que o teor de álcool anidro está em conformidade com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)", diz a nota da Polícia Civil.
Até o momento, o Ministério da Saúde recebeu notificação de 113 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Além de São Paulo, que concentra a maior parte dos casos, há ocorrências em Pernambuco, Distrito Federal, Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul.
A corporação afirmou ainda que outros exames serão realizados para verificar falsificação de rótulos, selos e do próprio líquido. "Até o momento, não há qualquer confirmação de casos de intoxicação, no Distrito Federal, decorrentes da ingestão de bebidas alcoólicas contendo metanol. As investigações prosseguem até a completa elucidação dos fatos", afirma a polícia.
O rapper Hungria deu entrada ontem no hospital DF Star, após apresentar sintomas característicos de intoxicação por etanol, como visão turva e acidose metabólica (concentração de acidez no sangue). O cantor teria ingerido vodca comprada na distribuidora em Vicente Pires, na quarta-feira.
Antes disso, no domingo, o rapper também consumiu bebida durante show no Boteco da Villa, em São Bernardo do Campo, que foi interditado pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. O Boteco da Villa afirma, em nota, que medida é precipitada e não há provas de contaminação por metanol nas bebidas vendidas no estabelecimento. Ainda não há resultado sobre o exame laboratorial para comprovar intoxicação do cantor por metanol. 

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