Inflação prévia do IPCA acelera acima do esperado e sobe 0,33% de julho

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Inflação em 12 meses também veio acima da mediana, com aumento de 5,30%, segundo dados do IBGE - Envato
Inflação em 12 meses também veio acima da mediana, com aumento de 5,30%, segundo dados do IBGE
Por Equipe Broadcast [email protected]

Publicado em 25/07/2025, às 11h59 - Atualizado às 12h01

São Paulo, 25/07/2025 - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,33% em julho, com contribuições, principalmente, de energia elétrica, que avançou 3,01%, e passagem aérea, que disparou 19,86%. Transporte por aplicativo também teve alta vigorosa, de 14,55%, mas com contribuição mais modesta.
Na outra ponta, gasolina, que recuou 0,5%; batata inglesa, que caiu 10,48% e perfume, que recuou 1,54%, aliviaram o indicador. Também foram registrados recuos no gás veicular (-1,21%); diesel (-1,09%) e etanol (-0,83%).
O resultado de julho mostra uma aceleração frente a junho, quando o índice atingiu avanço de 0,26%. A performance também ficou um pouco acima da mediana dos economistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 0,31%. O intervalo das expectativas estava entre +0,21% a +0,36%.
Para a inflação em 12 meses, o aumento de 5,30% também está um pouco acima da mediana de 5,28%, com estimativas entre +5,17% a +5,33%.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, três tiveram queda em julho: Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%).
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Além de Habitação (0,98%), quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em julho: Transportes (0,67%), Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%). O grupo Educação não teve variação.
Das 11 regiões pesquisadas pelo instituto, 10 tiveram alta nos preços neste mês. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,61%), por conta das altas da gasolina (4,49%) e da energia elétrica residencial (3,89%).
Também tiveram alta: Porto Alegre (0,48%), São Paulo (0,40%), Brasília (0,28%), Recife (0,27%), Fortaleza (0,25%), Rio de Janeiro (0,24%), Belém (0,19%), Salvador (0,15%) e Curitiba (0,14%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,05%), que apresentou queda nos preços do etanol (-4,23%) e da gasolina (-1,63%).

Alimentação

O grupo Alimentação e bebidas registrou recuo de 0,06% em julho, com a alimentação no domicílio recuando 0,40% em julho, segunda queda consecutiva - em junho, a variação foi negativa em 0,24%. Além da batata-inglesa, contribuíram para a queda os itens cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%). No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%) após a queda de 7,24% no mês anterior.
O item alimentação fora do domicílio subiu 0,84% em julho, acelerando a alta, que em junho foi de 0,55%. Pesaram a aceleração do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição, que passou de 0,60% em junho para 0,65% em julho.

Habitação e Energia

Os preços de Habitação subiram 0,98% na prévia de julho, após avanço de 1,08% em junho. Foi o maior impacto positivo no IPCA-15. 
A energia elétrica, principal impacto individual no índice, subiu 3,01% neste mês, após subir 3,29% em junho. O item é afetado pela vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100kwh consumidos. Além disso, houve reajustes tarifários de 7,36% em Belo Horizonte; 14,19% em uma das concessionárias em Porto Alegre; 1,97% em Curitiba; 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo; e redução de 2,16% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro.
A taxa de água e esgoto teve avanço de 0,25% em julho, após alta de 0,94% em junho, com o item incorporando reajustes de 9,88% em Brasília e 3,83% em Curitiba.

Palavras-chave IBGE IPCA inflação preços

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