Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE, os preços dos alimentos caem devido a um
aumento na oferta desses produtos. O custo da alimentação no domicílio caiu 0,43% em junho. As famílias pagaram menos pelo ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). Por outro lado, o tomate ficou 3,25% mais caro. Após meses de pressão, o café moído diminuiu o ritmo de alta, com elevação de 0,56% em junho, em meio às expectativas pela safra maior.
"O café vinha num processo de alta, permanece numa variação positiva", lembrou Gonçalves, ponderando que o aumento na colheita já começa a ser percebido, embora necessite ainda de um tempo até chegar de fato às prateleiras. "O preço no atacado começa a reduzir, e a gente espera um efeito na cadeia de produção chegando ao consumidor final."
A alimentação fora do domicílio subiu 0,46% em junho: o lanche avançou 0,58%, e a refeição fora de casa subiu 0,41%.
Melhor resultado desde janeiro
A alta de 0,24% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho foi o resultado mais brando desde janeiro de 2025, quando havia subido 0,16%.
Considerando apenas meses de junho, o resultado foi o mais elevado desde 2022, quando houve elevação de 0,67%. Em junho de 2024, a taxa tinha sido de 0,21%.
Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses voltou a acelerar, após o arrefecimento visto no mês anterior, passando de 5,32% em maio de 2025 para 5,35% em junho de 2025.